TESES DE UM (NOVO) DITADOR
“Vamos trabalhar quantas horas forem necessárias, para que consigamos obter os tais bons resultados, nas eleições”
O MPLA diz ter oficialmente 60 anos (1956 ????), mas na verdade são muitos mais... Ainda que só tenha sido parido em 1961, vide o seu hino, que omite os heróis do processo 50, mas não o faz, em relação aos do 04 de Fevereiro de 1961... (óh pátria nunca mais esqueceremos os heróis do 4 de Fevereiro...) Quando um dia os arautos do Boletim Oficial do regime escreverem a real história do partido veremos, sem margens para dúvidas, que Diogo Cão já era militante do MPLA. Ficaremos igualmente a saber que, ao contrário do que se propaga, José Eduardo dos Santos não é o “escolhido de Deus” porque é, isso sim, o mais alto representante directo de deus na Terra ou, segundo outros, o próprio… deus. E se, enquanto – no mínimo – representante de deus escolheu João Lourenço, quem são os angolanos para pensar o contrário? “É preciso trabalharmos buscando objectivos muito concretos, trabalhando de forma colegial, porque sozinho ninguém alcança vitórias. Aqui não há milagreiros, como dizem em os brasileiros”, disse Joãooão Lourenço num dos seus eus antológicos discursos. O general João Lourençonço bem poderia ter sido mais ais justo com sua majestade ade o rei. É que José Eduardo rdo dos Santos é, só por si, um dirigente que – assim consnstará da tal história que será erá escrita pelos sipaios do regime – sozinho venceu ceu todas as eleições, todas as guerras, todas as invasões. es. João Lourenço disse que 2017 é “um ano de trababalho, não é um ano de granandes discursos”, pelo que eoo patrão quer “ver acções ões concretas, muito trabalho”ho” mesmo que isso impliqueque fazer horas extraordinánárias. “Já sabemos que não vamos poder trabalhar comomo funcionários. Não há oitoito horas de trabalho. Vamos mos trabalhar quantas horas forem necessárias, para que consigamos obter os taisais bons resultados, nas eleileições”, diz o general presiesidente. O MPLA, seja com José osé Eduardo dos Santos, João Lourenço ou outro qualquer Kopelipa (ou mesmo Kangamba), quer superar os 500 anos de colonização portuguesa em Angola, mostrando a todo o custo que “o MPLA é Angola e que Angola é o MPLA”. O MPLA é, contudo, um partido medroso, cada vez mais medroso, que se pavoneia, por ter o controlo da máquina do Estado, que lhe permite escancarar os cofres públicos e de lá sacar (roubar) dinheiro para a sua maquiavélica empreitada. O MPLA não está, nunca esteve, preparado para viver em democracia e, por essa via, aceitar mudanças. Mesmo que, numa hipótese remota, um dia um outro partido chegue ao poder, o MPLA não só não aceitará, como em 1992, fez a UNITA, como também irá desencadear uma nova guerra. João Lourenço e o MPLA não se imaginam, nem estão preparados para viver, pacificamente, na oposição. Por alguma razão delapidam os órgãos do Estado que dirigem ou dirigiram, sem que disso resulte consequências de índole criminal. Agem dolosamente, porque encaminham o dinheiro público para o partido no poder.