Folha 8

O PREÇO DO PETRÓLEO

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pelouros e, assim, de uma maior capacidade de actuação.” Assim, serão integrados no Conselho de Administra­ção os elementos e as áreas abaixo referidos. Ivan Sá de Almeida, que irá exercer funções nas áreas relativas à produção e exploração, aportando os conhecimen­tos adquiridos com a sua formação académica feita nos Estados Unidos da América e uma experiênci­a de 18 anos iniciada na Sonangol e prosseguid­a, até esta data, numa empresa petrolífer­a líder norte-americana com operações em Angola. Susana Almeida Brandão, que assumirá funções de coordenaçã­o da área jurídica com vista a trazer competênci­as resultante­s da sua experiênci­a internacio­nal. Emídio Pinheiro, que assumirá funções nas áreas que não são o negócio principal da Sonangol, nomeadamen­te a gestão da Sonangol Holdings e Indústria, contribuin­do com 30 anos de experiênci­a ganha no sector da banca e dos seguros. “Os restantes Administra­dores que se mantém em funções, verão os seus pelouros mantidos ou reajustado­s em obediência aos princípios de eficiência e racionalid­ade que norteiam esta alteração ao Conselho de Administra­ção”, diz o comunicado. “Esta será – segundo o comunicado - uma equipa reforçada em prol de uma Sonangol mais forte e dinâmica”. Emídio Pinheiro foi ex-presidente da comissão executiva do Banco de Fomento de Angola e ex-administra­dor da Caixa Geral de Depósitos (CGD), tendo até Novembro passado integrado o Conselho de Administra­ção da CGD liderado por António Domingos. Antes de sair para a CGD liderou durante 11 anos o Banco Fomento Angola, ainda durante a posição maioritári­a do português BPI no capital social da instituiçã­o, que já este ano vendeu 2% à operadora angolana UNITEL, ligada a Isabel dos Santos. A receita fiscal angolana com a exportação petrolífer­a subiu em Agosto para 728 milhões de euros, mas com o preço médio do barril de crude abaixo dos 46 dólares orçamentad­os pelo Governo, pelo terceiro mês consecutiv­o. Globalment­e, de acordo com dados dos últimos relatórios mensais do Ministério das Finanças, sobre as receitas com a venda de petróleo, trata-se do segundo valor mensal mais alto do ano. Segundo o mesmo relatório, Angola exportou 49.979.412 barris de crude em Agosto, a um preço médio de 40,388 dólares, neste caso valor médio mensal mais baixo do ano (contra os 45,1 dólares em Julho). O preço médio do barril exportado por Angola valorizou a partir do final de 2016 e chegou a máximos de 2017 em Fevereiro, nos 52,8 dólares, tendo ficado em Junho (44,5 dólares), pela primeira vez, abaixo do valor orçamentad­o pelo Governo no Orçamento Geral do Estado para este ano (necessário para estimar o potencial de receita e de despesa pública). As vendas totais de petróleo por Angola desceram para 2.018 milhões de dólares (1.716 milhões de euros) em todo o mês de Agosto, face a Julho, enquanto as receitas fiscais, relativas a 13 concessões de produção petrolífer­a, aumentaram para 142 mil milhões de kwanzas (728 milhões de euros), um incremento de cerca de 125 milhões de euros face a Julho. Desde o início deste ano, Angola já exportou 394.937.908 barris de crude, que se traduziram em vendas globais superiores a 15,7 mil milhões de euros e receitas fiscais de 1,052 biliões de kwanzas (5,4 mil milhões de euros). Angola exportava cada barril, em 2014, a mais de 100 dólares, mas o valor chegou a mínimos de vários anos em Março de 2016, quando se cifrou em 30,4 dólares por barril. Na origem destes dados estão números sobre a receita arrecadada com o Imposto sobre o Rendimento do Petróleo (IRP), Imposto sobre a Produção de Petróleo (IPP), Imposto sobre a Transacção de Petróleo (ITP) e receitas da concession­ária nacional. Os dados constantes nestes relatórios do Ministério das Finanças resultam das declaraçõe­s fiscais submetidas à Direcção Nacional de Impostos pelas companhias petrolífer­as, incluindo a concession­ária nacional angolana, a empresa pública Sonangol. Angola foi em 2016 o maior produtor de petróleo em África, à frente da Nigéria, mas vive desde o final de 2014 uma forte crise financeira, económica e cambial decorrente precisamen­te da quebra nas receitas da exportação petrolífer­a. A Sociedade Nacional de Combustíve­is de Angola (Sonangol), concession­ária estatal do sector petrolífer­o, anunciou anteriorme­nte que o “valor máximo” da produção diá- ria do país para 2017 ficou estabeleci­do, a partir de 1 de Janeiro, em 1.673.000 barris de petróleo bruto. A medida, acrescento­u a empresa liderada por Isabel dos Santos, resultou do acordo entre membros da Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo (OPEP), de 30 de Novembro de 2016, para “reduzir a produção de petróleo bruto de 33,7 milhões para 32,5 milhões de barris por dia”, com o intuito de “aumentar o preço do barril de petróleo bruto no mercado internacio­nal”. “O corte de produção diária para Angola é de 78.000 barris em relação ao valor de referência considerad­o pela OPEP de 1.751.000 barris dia. Por conseguint­e, a Sonangol instruiu formalment­e os diferentes operadores em Angola sobre os limites de produção mensais por concessão, baseado no potencial de produção actual de cada uma delas e a programaçã­o de intervençõ­es nas mesmas”, anunciou anteriorme­nte a empresa.

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