PREVISÕES DO FMI? SIM, NÃO… TALVEZ
O director para África do Fundo Monetário Internacional, Abebe Selassie, manteve no dia 12 de Dezembro do ano passado um encontro com o ministro das Finanças de Angola, Archer Mangueira, com o qual abordou os novos desafios da economia angolana face à baixa do preço do petróleo. Abebe Selassie ocupa o cargo desde Setembro de 2016 e é (como outros) uma espécie do que foi Luvualu de Carvalho (perito itinerante do FMI) capaz de saber tudo sobre as diferentes economias, sejam elas a portuguesa, a do Burkina Faso ou a de Angola. “Estou aqui para me reunir com as autoridades angola- nas, isto para conseguir ter um melhor entendimento da economia do país, os desafios que surgiram em consequência do declínio do preço do petróleo”, disse o responsável do FMI. Segundo Abebe Selassie, no encontro abordou com o governante angolano os desafios e as medidas que as autoridades têm que ter para melhor a economia do país. Abebe Selassie salientou que a sua deslocação a Luanda veio ajudar a ter uma melhor perspectiva da situação. “Vou continuar a ter outras reuniões com outros quadros do Governo para discutir questões semelhantes”, disse. Na mesma altura, o di- rector do gabinete de Estudos e Relações Internacionais do Ministério das Finanças de Angola, Emílio Londa, considerou importante a visita daquele responsável do FMI a Luanda, porquanto poderá “advogar as iniciativas do país, com base no conhecimento prático sobre a realidade”. “Durante os próximos dias terá diferentes encontros, com diferentes entidades do Governo de Angola, com o objectivo de se inteirar sobre os principais desenvolvimentos económicos que o país tem vivido, particularmente as reformas económicas que têm sido implementadas desde 2014 para cá”, referiu. Um mês antes, uma delegação do FMI visitou Angola, e teve na agenda encontros com as autoridades angolanas para analisar os atrasos nos pagamentos do Estado angolano, a situação da banca nacional ou a dívida púbica do país.