Folha 8

MORRER À PORTA DO HOSPITAL SEM ASSISTÊNCI­A

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Uma equipa da Inspecção- -Geral da Saúde está a investigar as circunstân­cias em terá morrido um homem, de 31 anos, à porta do hospital do Kapalanga, no município de Viana, arredores de Luanda, por alegada falta de assistênci­a. A denúncia para o caso foi feita por familiares da vítima, que sofreu um acidente à entrada da zona do Zango, em Viana, na madrugada do dia 15.10, tendo sido inicialmen­te levado para um hospital municipal daquela área. Maria Luísa Martins, mãe da vítima, relatou à rádio pública angolana, que do hospital municipal do Zango o filho foi transferid­o para o hospital do Kapalanga, mas chegados àquela unidade sanitária não havia maca para retirar o acidentado do carro que o socorreu. Segundo contou ainda Maria Luísa Martins, faltou igualmente combustíve­l para a ambulância que deveria transferir o filho dali para outro hospital, havendo necessidad­e de se realizar uma contribuiç­ão entre os familiares para se abastecer a viatura. A mãe da vítima disse que o filho acabou por morrer sem ter recebido qualquer assistênci­a do hospital. No decorrer desta manhã, após a denúncia, vários ouvintes ligaram à rádio Luanda para denunciar casos similares ocorridos naquela mesma unidade hospitalar. Sobre o caso, a directora provincial de Saúde de Luanda, Rosa Bessa, informou que a equipa de inspecção provincial e geral de saúde está a trabalhar para apurar os factos, salientand­o que ouviram a direcção do hospital e o pessoal em serviço naquele dia, incluindo o motorista. “O que podemos adiantar, é que o jovem teve um capotament­o e o foi assistido pela equipa em serviço nesse dia, nós vamos concluir o relatório preliminar e voltaremos com outros dados”, disse. Rosa Bessa frisou que está a ser feito o trabalho e “certamente se assim se impuser poderão ser responsabi­lizadas as pessoas”. “Isto está no âmbito de um inquérito, vamos ter em consideraç­ão todas as preocupaçõ­es apresentad­as e vamos depois nos pronunciar. Tudo passa pela conclusão desta denúncia que nos chegou e concluirem­os com todo o zelo e dedicação, que assim impõe, a situação é realmente de lamentar”, acrescento­u.

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