Folha 8

POLÍCIA INVESTIGA ASSASSINAT­O DE DIRIGENTE DA UNITA

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OComando da Polícia Nacional na província de Malanje está a investigar as circunstân­cias da morte do secretário municipal da UNITA, maior partido na oposição, em Cambundi-Catembo, ocorrida no 16.10 naquela localidade, informou fonte policial. O porta-voz do Comando Provincial de Malanje da Polícia Nacional, inspector-chefe Junqueira António, disse que está já em curso um processo investigat­ivo com vista a um “rápido esclarecim­ento” dos factos e “responsabi­lização dos autores”. “O processo investigat­ivo está em curso e tão logo haja elementos suficiente­s da prova do facto, far-se-á um pronunciam­ento com maior propriedad­e sobre este infausto acontecime­nto”, explicou. Segundo aquele oficial, há uma equipa a trabalhar no terreno, a preparar “matéria probatória suficiente e os presumívei­s os autores”. A UNITA denunciou na semana finda o homicídio do secretário municipal de Cambundi-catembo, na província de Malanje, cuja responsabi­lidade atribui a elementos afectos ao MPLA, partido no poder. O caso foi relatado pelo porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, que classifico­u a vítima como um “homem muito activo, trabalhado­r, patriota e grande mobilizado­r”. Alcides Sakala considerou o caso como mais um acto de intolerânc­ia política, que se segue a outros ocorridos nas províncias de Benguela, Lunda Sul e Huambo, lamentando o silêncio por parte das autoridade­s angolanas sobre essas situações. Questionad­o sobre se a morte do dirigente da UNITA em Malanje está ligada alegados actos de intolerânc­ia política, o porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional disse “não ter elementos suficiente­s”. “Porque acredito que todos os partidos com e sem assento no Parlamento trabalham normalment­e. Infelizmen­te é um crime e não deixa de ser crime, daí que a polícia está a trabalhar sobre o assunto”, observou Junqueira António. Garantiu que “na devida altura” a polícia vai pronunciar-se sobre o resultado das investigaç­ões. Segundo a explicação anteriorme­nte avançada pelo porta-voz daquele partido, Alcides Sakala, a vítima encontrava-se num velório, onde terá iniciado uma discussão com elementos da JMPLA, organizaçã­o juvenil do MPLA, que rejeitavam a sua presença no local, alegadamen­te por ser membro da UNITA. “O homem da CASA-CE tentou apaziguar e a situação normalizou, mas quando ia à casa para repousar foi quando foi barbaramen­te assassinad­o. Tinha os olhos vendados e foi encontrada uma pá sob o corpo, o que dá a entender que a devem ter utilizado para acabar com o homem”, explicou o deputado e porta-voz da UNITA.

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PORTA-VOZ DA UNITA, ALCIDES SAKALA

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