MAIS UMA VEZ AS MAMÃES!
Os membros do novo governo angolano parecem ter descoberto a pólvora. Vai daí, calculando que vão a tempo de registar a patente da descoberta, dizem agora que a diversificação da economia passa necessariamente por um maior investimento na agricultura, quer em recursos técnicos, tecnológicos e de infra-estruturas. Acontece que a pólvora foi descoberta no final do Século 19 e não foi por nenhum elemento do MPLA. Mesmo assim, aparecem agora e pela enésima vez a dizer que “é importante a necessidade de uma contínua oposta na mulher rural, garantindo o seu acesso à terra, à formação, ao crédito e às pequenas tecnologias de produção e transformação das colhei- tas”. Vem isto a propósito do Dia Mundial da Mulher Rural, que se comemorou no dia 15.10, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) a 15 de Outubro de 1995. A jornada nacional da mulher rural 2017 decorre em todo o país durante este mês e alinha (quem diria?) com os grandes objectivos do executivo, bem como na concretização dos resultados do fórum nacional de auscultação à mulher rural realizado em 2014. Segundo o regime, o lançamento do ano agrícola 2017-2018, presidido pelo Presidente da Republica, João Lourenço, mostrou que a agricultura representa uma prova inequívoca da prioridade que esta matéria ocupa na agenda do governo, na perspectiva de contribuir para a melhoria das condições de vida das famílias rurais. Tal como o seu novo colega das Finanças, também o novo minis- tro da Agricultura, Marcos Nhunga, descobriu a pólvora que, por sua vez, fora inventada pelo seu antecessor, Afonso Pedro Canga. Então, como grande novidade, Marcos Nhunga, apela à participação activa dos intervenientes no sector agrário para o processo de diversificação da economia, tendo em vista melhorar as condições de vida da população. Originalidade não falta. O novo ministro da Agricultura, ao falar na cerimónia da sua apresentação, disse que o facto de o país estar a atravessar um momento de crise financeira, precisa-se buscar força e inteligência para concretizar os objectivos que o país se propõe, a criação das melhores condições de vida. Quem diria? De acordo o governante, deve-se prestar atenção especial a todos os quadros desta área e moralizá-los, de modo a trabalhar mais para o cumprimento dos objectivos traçados. Marcos Nhunga diz que deve haver maior motivação a nível dos quadros do Ministério, um diálogo interno e permanente nos órgãos internos, assim como com os empresários, para que todos se revejam nos programas deste sector, disse. Marcos Nhunga, referiu ainda que o sector da agricultura é chamado para arranjar soluções. Apelou aos membros do Ministério a não se aproveitar das respectivas funções para a resolução dos problemas pessoais. Boa! “Vamos pautar por uma gestão rigorosa e transparente para que os poucos e parcos recursos que forem arrecadados possam ser aplicados para o alcance dos objectivos traçados”, disse Marcos Nhunga, acrescentando que deve ver união e todos os que trabalham para a mesma causa.