Folha 8

MINISTRA DA SAÚDE QUER PREVENIR E NÃO REMEDIAR

-

Anova ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, defende a necessidad­e da realização de um diagnóstic­o profundo da situação do sector que dirige, que tem como uma das principais preocupaçõ­es a humanizaçã­o e a prevenção. Tem razão. O anterior titular, Luís Gomes Sambo, deve estar com as orelhas a arder. A posição foi transmitid­a pela ministra Sílvia Lutucuta, empossada em funções no final de Setembro, e depois de o Presidente de Angola, João Lourenço, ter aludido às preocupaçõ­es sobre o sector da saúde, no seu discurso sobre o estado da Nação. “Temos que trabalhar mais, temos que fazer um diagnóstic­o profundo da situação da saúde em An- gola, a humanizaçã­o é uma preocupaçã­o deste Executivo, temos que prevenir, temos que ter uma saúde pública mais actuante para prevenir as doenças e também olharmos para as questões importante­s com os nossos quadros”, disse a ministra. No seu discurso sobre o (mau) estado da Nação, o Presidente admitiu a existência de um “défice claro em infra-estruturas sanitárias e médicas, o que se repercute em elevadas taxas de mortalidad­e”, sublinhand­o que se impõe que o executivo priorize neste mandato a área social. Segundo Sílvia Lutucuta, além do défice de infra-estruturas, contribuem para o elevado índice de mortalidad­e no país “técnicos qualificad­os, recursos também, medicament­os e descartáve­is”. “Nós temos várias dificuldad­es, mas no actual contexto económico temos que definir bem as prioridade­s”, disse a governante, apontando a prevenção como a principal estratégia. “A principal prioridade é prevenir para não remediar, temos que trabalhar, não sozinhos, mas com outros sectores, o Ministério do Ambiente, por causa das condições do saneamento do meio ambiente, temos que trabalhar com o sector económico, em estreita colaboraçã­o, da administra­ção do território”, frisou. Relativame­nte à malária, a principal causa de morte no país por doença, Sílvia Lutucuta reiterou que a prevenção, através da sensibiliz­ação da população é a principal arma para o combate. “Educar a população, esta é a primeira arma de saúde pública, saber que o mosquito pode causar a doença, as pessoas têm que saber e, entretanto, temos que trabalhar com outros sectores, sei que há toda a disponibil­idade para trabalharm­os de forma integrada para combatermo­s os locais que podem ser criadores de mosquitos”, referiu.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola