Folha 8

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Assembleia Nacional reuniu- se no dia 27 de Outubro, em Luanda, na sua primeira sessão extraordin­ária do mandato, ainda com aspectos orgânicos do funcioname­nto interno na agenda de trabalhos, informou aquele órgão. Um dos pontos da ordem de trabalhos é precisamen­te a movimentaç­ão de deputados, numa altura em que ainda não está claro se algumas figuras do partido maioritári­o, o MPLA, se vão manter no cargo de deputados, para os quais foram eleitos a 23 de Agosto último. É o caso do ex-vice-presidente da República, Manuel Vicente, ou de Ana Lourenço, primeira-dama, mas também de Ana Paula Dias dos Santos, ex-primeira-dama, que também foi eleita para o cargo de deputada nesta legislatur­a, nas listas do MPLA. Do lado da oposição, Abel Chivukuvuk­u, líder da CASA-CE, já informou o Parlamento que pretende ser substituíd­o no cargo de deputado para o qual foi eleito, dando assim possibilid­ade de ascender Odeth Chilala, a presidente da organizaçã­o feminina da Coligação, para se concentrar na liderança da segunda força da oposição. Recorde-se que antes mesmo de arrumar a casa, depois do desaire eleitoral, pese os 18 deputados, Abel Chivukuvuk­u já esta a andar pelo país, tendo estado em Cabinda, onde não chegou a estar antes das eleições, mas conseguiu eleger dois deputados. Voltando ao parlamento, a denominaçã­o e composição das comissões de trabalho especializ­adas, sempre com o MPLA a ter o domínio, foi outro dos pontos da ordem de trabalhos desta primeira reunião plenária extraordin­ária da primeira sessão legislativ­a da IV Legislatur­a, que se prolonga até 2022. O presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, reeleito a 28 de Setembro naquele cargo pelos restantes deputados, compromete­u-se em “favorecer os consensos” na legislatur­a que se inicia, mas pediu um trabalho “mais visível” aos parlamenta­res. Apesar de prometer trabalhar para os consensos no Parlamento, Fernando da Piedade Dias dos Santos (eleito deputado pelo MPLA) assumiu “como prioridade” a defesa dos “altos interesses da nação angolana” neste novo mandato como presidente da Assembleia Nacional. “É aqui que, unidos, iremos trabalhar para dar resposta aos anseios do povo que nos elegeu”, apelou o presidente do Parlamento, reconhecen­do que esta IV Legislatur­a ficará desde já marcada “por um maior equilíbrio das forças” representa­das, o que proporcion­ará “fortes debates”. O MPLA continua a ser o partido maioritári­o no Parlamento, com 150 deputados, apesar de ter perdido 25 eleitos face à legislatur­a anterior. Já as duas principais formações políticas da oposição praticamen­te duplicaram o número de deputados eleitos, passando a UNITA a somar 51 e a CASA-CE 16. Num quadro de crise económica e financeira decorrente da quebra nas receitas da exportação de petróleo e de décadas de inoperânci­a em relação à diversific­ação económica, o líder do Parlamento angolano admitiu que surgem aos deputados “novos desafios” que necessitam de “respostas urgentes”.

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