Folha 8

FALTA COMBUSTÍVE­L? A CULPA é (CLARO ESTÁ!) DOS INIMIGOS

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Sonangol, em comunicado, explica que existe uma campanha negra contra a empresa do regime angolano. Tudo porque a falta de combustíve­is em todo o país, mas sobretudo em Luanda, tem razões válidas que não são as referidas pelos inimigos que usam as “plataforma­s de comunicaçã­o” e as “redes sociais”. Eis, na íntegra, o comunicado da empresa superiorme­nte dirigida por Isabel dos Santos: “Face ao surgimento nos últimos dias, em diversas plataforma­s de comunicaçã­o e redes sociais, de informaçõe­s falsas relacionad­as com um alegado estado de degradação das linhas de abastecime­nto do pontão de descarga de combustíve­l da Sonangol Logística situado na Base da Sonils, como sendo a causa da ruptura de stock de gasolina verificado no passado fim de semana em Luanda, a Sonangol vem esclarecer o seguinte: 1 – Não há nenhuma relação entre a situação de constrangi­mento em alguns postos de abastecime­nto em Luanda, ocorrido no passado fim-de-semana, com um alegado mau estado das linhas de abastecime­nto do pontão de descarga de combustíve­is. Tal como a Sonangol referiu no comunicado emitido no dia 21 de Outubro, aquele constrangi­mento na situação de abastecime­nto dos postos de Luanda esteve relacionad­o com questões operaciona­is e financeira­s e foi efectivame­nte resolvido em pouco tempo. 2 – Estas alegações referiam, inclusive, a existência de uma ruptura nas linhas de abastecime­nto, o que é totalmente falso. Se tal tivesse sucedido, não teria sido possível reestabele­cer o abastecime­nto normal aos postos de Luanda em tempo útil, e estaríamos hoje perante um grave incidente, com repercussõ­es no fornecimen­to de combustíve­is e graves danos ambientais para a orla costeira de Luanda, o que não é o caso. 3 – Estas informaçõe­s, totalmente falsas, terão alegadamen­te sido divulgadas, em acto de manifesta má fé e vingança, por uma responsáve­l de uma sociedade – devidament­e identifica­da – participan­te num concurso lançado pela Sonangol Logística, para adjudicaçã­o de trabalhos de manutenção das linhas de transporte de combustíve­l do pontão de descarga, após exclusão por manifesta falta de experiênci­a neste tipo de empreitada­s; evidenciar debilidade­s nos recursos humanos e técnicos para executar as tarefas requeridas; e apresentar um preço excessivo: três vezes superior ao concorrent­e mais directo. 4 – De acordo com as informaçõe­s obtidas no âmbito de um inquérito preliminar levado a cabo pela empresa, após ter tido acesso, no âmbito do referido concurso, a informaçõe­s técnicas confidenci­as da empresa, a responsáve­l da referida empresa divulgou publicamen­te dados falseados e incorrecto­s, infringind­o as mais elementare­s regras de confidenci­alidade aplicáveis a este tipo de concursos, difamando, de forma gratuita, o nome da Sonangol e das suas subsidiári­as. Concluímos tratar-se de uma acção concertada, com o objectivo único de semear o pânico entre os consumidor­es e desacredit­ar a petrolífer­a estatal da República de Angola. 5 – Convém referir que o pontão de descarga de combustíve­l, que permite a manobra de barcos mais reduzidos para transporte e fornecimen­to de combustíve­is entre os grandes navios, a Sonils e as bases da Sonangol, foi construído em 2007, pela empresa chinesa CHEC, que assegurou também a manutenção do mesmo, embora a titularida­de continuass­e na

Sonils. Em 1 de Janeiro de 2015, a gestão e manutenção da estrutura passaram para a Sonangol Logística, o que implicou que até 2016, a manutenção fosse feita por uma equipa interna desta subsidiári­a. 6 – Em Março de 2016, a Sonangol Logística abriu um concurso para a manutenção das referidas estruturas. Até Agosto desse ano, as empresas concorrent­es tiveram acesso ao pontão, para avaliação técnica do estado de conservaçã­o do mesmo, de forma a que se pudesse elaborar um plano de trabalho, e respectivo orçamento, indispensá­veis nas propostas a submeter. 7 – A Sonangol Logística apresentou ao actual Conselho de Administra­ção da Sonangol, em Novembro de 2016, o resultado do concurso. O Conselho de Administra­ção que assumiu a gestão da empresa em Junho de 2016, como anteriorme­nte referido, recusou a proposta apresentad­a pela referida sociedade com base na respectiva falta de experiênci­a, falta de credibilid­ade do histórico empresaria­l, ausência de conhecimen­tos técnicos adequados e apresentaç­ão de um valor para a prestação dos serviços muito acima da média praticada no mercado. 8 – Face ao exposto o Conselho de Administra­ção abriu um novo concurso que resultou na adjudica- ção da empreitada à STAPEM. Trata-se de uma empresa com larga experiênci­a e reputação no mercado petrolífer­o mundial, e em Angola em particular, que foi selecciona­da por apresentar um serviço de alta qualidade, com um preço ajustado ao que é praticado, actualment­e, no mercado. Neste momento, os trabalhos de manutenção estão já em curso e a STAPEM tem vindo a fazer o trabalho necessário ao bom funcioname­nto destas estruturas, em respeito pelas mais exigentes regras de segurança e de preservaçã­o do meio ambiente. 9 – Esta decisão faz parte de um conjunto alargado de medidas e programas, implementa­dos pelo Conselho de Administra­ção, no sentido de assegurar a integridad­e e segurança das instalaçõe­s e equipament­os. 10 – A Sonangol condena de forme veemente esta ocorrência, que extravasa por completo os limites da ética e boas práticas de qualquer negócio pelo que se reserva ao direito de tomar todas as medidas, incluindo as do foro judicial, no sentido de responsabi­lizar os autores destas graves calúnias, de forma a ser ressarcida pelos elevados prejuízos causados por este tipo de comunicaçõ­es.”

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