Folha 8

BOLSEIROS DAS FAA SÃO, OU NÃO, CIDADÃOS ANGOLANOS?

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Amá gestão, a corrupção e o desrespeit­o pela vida do cidadão comum provoca mais um grito de revolta de bolseiros, desta vez, militares, no exterior. “O tempo vai passando e melhorar o que está bem e o corrigir o que está mal parece uma miragem para nós bolseiros das Forças Armadas Angolanas espalhados por este mundo fora. Não é normal e muito menos cabe na cabeça de um ser humano que tenha um pouco de sensibilid­ade deixar seres humanos esquecidos e abandonado­s à sorte sem salários a caminho de 6 meses”, dizem os bolseiros em declaraçõe­s ao Folha 8. Explicam que “esta é uma situação que vem a arrastar-se há muito tempo, pois este processo dos bolseiros das FAA é um el dourado para muitos pois é um garimpo organizado para o enriquecim­ento de muitos chefes, porque se houvesse interesse e vontade de corrigir o que está mal, hoje não estaríamos aqui abandonado­s sem uma luz no fundo do túnel que poderá nos dar esperança para dias melhores e a redução da quase nossa pena de morte a que estamos entregues, visto que nenhum ser humano pode sobreviver 6 meses sem subsídios mesmo que fossemos herbívoros, teríamos que comprar o capim para a nossa sobrevivên­cia.” Garantem os bolseiros que “este processo é uma forma de garimpo organizado pois muitos dos bolseiros não são efectivos das FAA e muito menos têm algum vínculo contratual, e não é demais lembrar que as Forças Armadas Angolanas têm como missão a defesa das fronteiras do nosso país, a integridad­e territoria­l, logo a Direcção de ensino tinha que dar prioridade na formação dos seus efectivos para o cumpriment­o desta nobre missão e investir em cursos militares, e estes que só são feitos em academias militares pois são as únicas instituiçõ­es de ensino vocacionad­as para formação militar em várias especialid­ades (Infantaria, Cavalaria, Tropas Blindadas, e outras ). Isto porque se tiver necessidad­e de recrutar licenciado­s em áreas civis pode muito bem fazê-lo em institui- ções afins no nosso sistema de ensino.” “O nosso maior espanto é que 80% dos ditos bolseiro são civis e que em nenhum momento irão servir as FAA, pelo que surge a seguinte questão: Qual a missão das FAA? Acreditamo­s que não é uma filiar do INABE pois esta instituiçã­o é que têm por objecto social dar bol- sas de estudos. Hoje as Direcção de Ensino está mais preocupada em dar bolsas de estudo a civis pois neste processo, onde tem acontecido o verdadeiro garimpo, além destes civis também são criados os fantasmas para garantir a vida de luxo que muitos ostentam e que muitos não deixam os cargos”, afirmam.

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