OS DESAFIOS DA INDÚSTRIA AFRICANA DO PETRÓLEO E DO GÁS
Os principais desafios identificados no sector do petróleo e do gás permaneceram inalterados face aos dos anos anteriores, com a incerteza nos quadros regulamentares, a corrupção e a as exigências fiscais a permanecerem nos seis principais desafios nos últimos quatro anos. É de destacar que os custos de financiamento e a volatilidade da moeda estrangeira se tenham tornado desafios mais importantes desde 2015, ano em que se encontravam nos 11º e 10º lugares, respectivamente. “É desanimador que os governos não se adaptem às necessidades e pedidos das empresas do petróleo e do gás, de forma a garantir rigor regulamentar aos intervenientes que procuram investir em negócios no campo dos hidrocarbonetos em diversos países africanos”, comenta Chris Bredenhann. Na África do Sul, o quadro regulamentar permanece incerto, tendo a separação do petróleo e do gás da mineração ainda não sido atingida na Lei relativa ao Desenvolvimento de Recursos Minerais e Petrolíferos (MPRDA). Outros mercados chave em África, como a Nigéria e a Tanzânia, estão também a sofrer problemas regulamentares significativos. A corrupção permaneceu como um dos três principais desafios ao longo dos últimos quatro anos, com a ocorrência de diversos casos em todo o continente. Apesar da existência de programas anticorrupção ao nível governamental e corporativo, a efectividade desses programas é questionável. No contexto de problemas de corrupção, não surpreende que os custos de financiamento tenham subido para terceiro lugar entre os maiores desafios para os intervenientes africanos. É provável que as questões regionais e as incertezas relativamente a uma indústria mais ampla e limitada tenham levado os bancos e outras instituições a recear proporcionar condições de financiamento mais favoráveis. A falta de desenvolvimento de competências continua a ser um problema em África, e está a tornar-se num desafio global em toda a indústria do petróleo e do gás.