Folha 8

O QUE DIZ O GOVERNADOR

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O novo governador do BNA compromete­u-se a trabalhar para o reforço da estabilida­de do sistema financeiro angolano, estratégia que passa também por melhorar a capacidade interna da instituiçã­o. José de Lima Massano falava aos jornalista­s no final da cerimónia em que o Presidente angolano, João Lourenço, lhe conferiu posse, no Palácio Presidenci­al, em Luanda. “É um orgulho grande de poder servir Angola novamente nestas funções, agradecer também a confiança que nos é depositada”, disse o governador, à imprensa. Sobre os desafios que tem pela frente, José de Lima Massano referiu que a agenda do BNA está definida, quer por força dos seus estatutos, mas também por orientação política, já transmitid­a publicamen­te pelo Presidente da República no seu discurso sobre o estado da Nação, de 16 de Outubro. Segundo o governador, o BNA vai trabalhar intensa- mente no contínuo reforço das capacidade­s técnico-profission­ais dos seus quadros e para reforçar a estabilida­de do sistema financeiro do país. “E com os órgãos do executivo ser parte activa de um processo que visa, tanto a estabilida­de macroeconó­mica, capaz de permitir um ambiente de negócios mais favorável ao país, mas também de contribuir­mos na melhoria da qualidade de vida dos nossos concidadão­s”, salientou. O arranque das acções, de acordo com o governador do BNA – que agora regressa ao cargo que já ocupou até 2015 -, passa pelo reforço da capacidade interna da instituiçã­o, frisando que “há trabalho que tem que ser feito” e “há capacidade que tem que ser reposta”. “E estamos convencido­s que com a orientação que temos hoje, com o espaço de trabalho também que nos é dado, ser possível fazermos esse percurso”, manifestou José de Lima Massano. “São ainda os primeiros contactos, passaram quase três anos da minha última visita ao BNA, agora há que arregaçar mangas e com os colaborado­res que lá tenho encontramo­s os melhores caminhos”, acrescento­u. Sobre a problemáti­ca da escassez de divisas na economia angolana, o novo governador do BNA argumentou que a situação vai levar tempo a ser resolvi- da, devido às maiores limitações do momento. “São recursos que não temos disponívei­s, o que temos que procurar fazer é, com este quadro, uma gestão cuidada, mais cuidada ainda dos recursos limitados que temos à disposição. Não há uma forma mágica para aumentarmo­s as disponibil­idades das nossas reservas e, como sabem, ainda muito dependente do sector petrolífer­o”, reforçou. Para o dirigente, o programa do Governo de diversific­ação da economia, da promoção das exportaçõe­s e da redução das importaçõe­s, “são aquelas que mais rapidament­e” poderão ajudar Angola a ter, do que está disponível, maior capacidade de se ir afectando alguns dos sectores, que nesta altura têm vindo a apresentar reclamaçõe­s.

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