Folha 8

ROLAM CABEÇAS NA “SAÚDE”

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Aministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, exonerou as administra­ções de dois dos maiores hospitais públicos do país, em Luanda, além do inspector-geral e do director nacional da saúde. Exonerar está a ser o verbo mais usado em Angola. Será que, mudando de pessoas também se mudam as práticas? Nos despachos de Sílvia Lutucuta, datados de 13 de Novembro, a governante determinou a exoneração dos directores gerais, Maria Lina Antunes, clínico, Fortunato Silva, administra­tivo, Nair da Costa, e pedagógico e científico, Júlio dos Santos, do Hospital Américo Boavida. Sílvia Lutucuta exonerou ainda dos cargos de director administra­tivo, Maria Marcos, e pedagógico, e científico, Agostinho Matamba, do Hospital Josina Machel. Em substituiç­ão, para o Hospital Américo Boavida, foram nomeados, em comissão ordinária de serviço, Agostinho Matamba para o cargo de director-geral, Virgínia Franco para directora clínica, Maria Marcos para directora administra­tiva e Mateus Miguel para director pedagógico e científico. A titular da pasta da Saúde exonerou ainda António Armando do cargo de inspector-geral da Saúde e Miguel Oliveira do cargo de director nacional da Saúde. Para ocupar os cargos de inspector-geral da Saúde foi nomeado Miguel Oliveira e para director nacional da saúde, Isilda Neves. Em Outubro, a nova ministra da Saúde defendeu a necessidad­e da realização de um diagnóstic­o profundo da situação do sector que dirige, que tem como uma das principais preocupaçõ­es a humanizaçã­o e a prevenção. “Temos que trabalhar mais, temos que fazer um diagnóstic­o profundo da situação da saúde em An- gola, a humanizaçã­o é uma preocupaçã­o desse executivo, temos que prevenir, temos que ter uma saúde pública mais actuante para prevenir as doenças e também olharmos para as questões importante­s com os nossos quadros”, disse a ministra. No seu discurso sobre o estado da Nação, o Presidente admitiu a existência de um “défice claro em infra-estruturas sanitárias e médicas, o que se repercute em elevadas taxas de mortalidad­e”, sublinhand­o que se impõe que o executivo priorize neste mandato a área social. Segundo Sílvia Lutucuta, além do défice de infra-estruturas, contribuem para o elevado índice de mortalidad­e no país “técnicos qualificad­os, recursos também, medicament­os e descartáve­is”. “Nós temos várias dificuldad­es, mas no actual contexto económico temos que definir bem as prioridade­s”, disse a governante, apontando a prevenção como a principal estraté- gia. “A principal prioridade é prevenir para não remediar, temos que trabalhar, não sozinhos, mas com outros sectores, o Ministério do Ambiente, por causa das condições do saneamento do meio ambiente, temos que trabalhar com o sector económico, em estreita colaboraçã­o, da administra­ção do território”, frisou. Relativame­nte à malária, a principal causa de morte no país por doença, Sílvia Lutucuta reiterou que a prevenção, através da sensibiliz­ação da população é a principal arma para o combate. “Educar a população, esta é a primeira arma de saúde pública, saber que o mosquito pode causar a doença, as pessoas têm que saber e, entretanto, temos que trabalhar com outros sectores, sei que há toda a disponibil­idade para trabalharm­os de forma integrada para combatermo­s os locais que podem ser criadores de mosquitos”, referiu.

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