JOÃO LOURENÇO NÃO BRINCA E ATÉ EXONERA UM… MORTO!
OPresidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, no uso das suas competências exonerou os conselhos de administração de várias empresas públicas e acaba de escolher para Procurador-geral da República de Angola o general Hélder Fernando Pitta Grós. Certo! Mas esta de agora, mostrando que afinal a escola do partido é a mesma, exonerar alguém que morreu há dois anos… é obra (desenganada). Vejamos. Primeiro, nas ditas opções estratégicas de João Lourenço (exonerações/nomeações) não hou- ve nada de novo e a mesma família partidocrata continua sólida na eterna dança das cadeiras. Mas, mais grave, é a continuação de vícios do consulado anterior de se nomear e exonerar mortos. Isto é. O engenheiro José Pedro Tonet morreu aos 23 de Dezembro de 2015, na África do Sul, sendo na altura da sua morte administrador não executivo da ENANA EP. Segundo o Direito, a responsabilidade não só criminal como outras, inerentes à função desempenhada extinguem-se automaticamente, “post mortium” (após a morte). Assim não se entende as razões de, dois anos depois, 19 de Dezembro de 2017, a família e a sociedade serem confrontadas com essa notícia, como se a pessoa, ainda continuasse viva e a beneficiar de direitos. A própria lei prevê que a entidade patronal (empresa) conceda à família 6 meses de salário e nada mais, face à extinção natural da relação. Este erro demonstra a continuidade dos mesmos vícios, praticados por juristas que no passado apoiaram e foram responsáveis por muitas ilegalidades de José Eduardo dos Santos (chegou a nomear um morto) e continuam hoje com João Lourenço a exonerar um morto. Desnorte total à moda do… MPLA.