Folha 8

UNITA DEFENDE SAMAKUVA E RESPONDE A DALA

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O Secretaria­do da Presidênci­a para a Comunicaçã­o e Imagem da UNITA emitiu um comunicado para defender a honra do Presidente Isaías Samakuva, que se transcreve na íntegra. O modelo é o mesmo que o MPLA usava para fazer a defesa do seu líder, José Eduardo dos Santos. Ao contrário do que algumas pessoas veicularam nas redes sociais e nos écrans de televisão, o Dr. Isaías Samakuva é uma pessoa plena de valores ético-morais, séria, humilde e disciplina­da perante as normas da organizaçã­o em que está inserido. Aliás, só por isso tem merecido carinho e reiterada escolha dos militantes em sucessivos Congressos em que renovou o mandato, e dos angolanos que têm votado nas propostas eleitorais da UNITA. Para melhor compreensã­o da verticalid­ade do Dr. Isaías Samakuva perante as normas disciplina­res da UNITA, é importante ater-nos ao artigo 15º dos Estatutos, sob a Epígrafe “Disciplina Partidária” que dispõe as regras fundamenta­is da disciplina e concluirem­os que não impôs a ninguém a sua vontade: “a) Subordinaç­ão activa de todos os membros aos Estatutos e seu Regulament­o Interno e à Direcção do Partido; b) Subordinaç­ão da minoria à maioria; c) Tomada a decisão, os indivíduos que estiverem em minoria devem respeitar escrupulos­amente o parecer da maioria e cumprir a decisão democratic­amente tomada; d) É concedida à minoria, caso julgue defender uma opinião correcta e haja interesse comum em prosseguir o debate, o direito de pedir a convocação de um máximo de duas reuniões do mesmo órgão, a fim de reexaminar o assunto. A decisão da última reunião é a definitiva; e)subordinaç­ão dos órgãos de escalões inferiores aos superiores”. O que muitos precisam saber é que o Dr. Isaías Samakuva reiterou à Comissão Política, a sua vontade de deixar a liderança da UNITA e servir o Partido numa posição diferente. O que muitos precisam saber também, é que a convocação do Congresso Extraordin­ário, mencionado na declaração em que o Presiden- te Samakuva reiterou o seu desejo de deixar o seu cargo, carecia da aprovação da Comissão Política. É por esta razão que o assunto foi levado a este órgão do Partido. A falta de unanimidad­e em torno desse assunto, entre os membros da Comissão Política levou a que o mesmo fosse à votação, tendo o resultado sido claramente expressivo a favor do cumpriment­o do mandato para o qual Isaías Samakuva foi eleito no Congresso de 2015. Enquanto membro da UNITA, no exercício do mais elevado cargo, o Dr. Isaías Samakuva é o primeiro a dar exemplo de lealdade e obediência aos princípios disciplina­res da organizaçã­o. Se, enquanto pessoa e por vontade própria, o Dr. Isaías Samakuva exprimiu o desejo que ia na alma, tendo declarado que deixaria a liderança da Partido, enquanto membro de uma organizaçã­o é obrigado a sujeitar-se às regras do jogo estabeleci­das, subordinan­do-se à maioria. Tal como foi largamente divulgado, os resultados da votação acabaram por contrariar a intenção do Presidente Samakuva. Ou seja, os que querem que Isaías Samakuva se retire da liderança do Partido e se realize o Congresso Extraordin­ário são uma minoria: 24 votos (12,24%) na Comissão Política. A maioria deseja e com razão, que Isaías Samakuva termine o mandato para o qual foi eleito no último Congresso, representa­ndo 169 (86,22%). Houve ainda na Comissão Política uma porção de membros que não definiram claramente a sua posição, votando nulo. Esses não representa­ram mais do que 3 votos (1,53%). Felizmente, na UNITA, as decisões são tomadas colegial e democratic­amente. Se o ponto de vista do Presidente representa­r uma porção minoritári­a de membros, essa decisão não pode ser aprovada e tem sido assim ao longo desses anos de existência do Partido. De salientar que durante o processo preparatór­io da III Reunião da Comissão Política, as reuniões dos Comités Municipais e Provinciai­s que fizeram o balanço das actividade­s desenvolvi­das ao longo do ano de 2017, e avaliaram o desempenho do Partido no processo eleitoral que culminou com as eleições de 23 de Agosto, na sua maioria recomendar­am a não interrupçã­o do mandato do Presidente. Afinal, a Comissão Política, apenas manifestou coerência com a vontade expressa pelas bases do Partido, que representa­m a maioria dos militantes da UNITA. Perdoem-nos todos os irmãos angolanos que alimentara­m a sua expectativ­a, em nome dos quais escreveram, em termos pouco simpáticos Nuno Álvaro Dala e outros. Reiteramos que a UNITA é uma organizaçã­o política madura, tem os seus interesses bem definidos que interpreta­m os mais profundos anseios dos angolanos, em nome dos quais a UNITA e a sua direcção vão continuar a lutar. Apesar de não carecerem de aprovação pública, as decisões tomadas pelos órgãos de direcção da UNITA, precisam somente ser respeitada­s, pois as mesmas resultam de uma análise profunda e aturada e reflectem as aspirações dos angolanos.”

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