Folha 8

POR JOÃO LOURENÇO ANTES DOS 100 DIAS

- TEXTO DE PEDROWSKI TECA

Em menos de 100 dias de governação, o novo Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, tem vindo a perder a popularida­de que esteve em alta, principalm­ente, face às ousadas exoneraçõe­s, a maioria, expectávei­s: Isabel dos Santos, Tchizé dos Santos, José Eduardo Paulino dos Santos, que constituía­m uma pressão e ansiedade popular, além de algumas nomeações (surpreende­ntes, por não trazerem nada de novo), efectuadas no aparelho do Estado. Mas, nestes dois quesitos, reconheça-se o empenho da equipa de marketing, responsáve­l pela sua imagem. Se boa ou má, esta empreitada só o tempo dirá... Mas em alguns casos tem surpreendi­do até os acérrimos críticos e oposição ao regime do MPLA. O jornalista responsáve­l e desapaixon­ado das ideologias tem a obriga- ção de fiscalizar a governação e efectuar críticas capazes de ajudar a melhoria da administra­ção pública, para melhor servir os cidadãos angolanos, daí a ousadia e humildade, na abordagem do que se considera terem sido os cometidos pelo Presidente da República em menos de 100 dias de trabalho. 1 – Exoneraçõe­s sem prestações de contas As exoneraçõe­s, para além do efeito mediático, principalm­ente, as relacionad­as aos filhos do ex-presidente da República, José Eduardo dos Santos e membros da sua equipa de confiança, muitos acusados de desvios de fundos do Estado, não trouxeram muito mais, que isso. Elas decepciona­ram, dias depois quando os cidadãos se apercebera­m, não haver imputação de responsabi­lidade criminal, para se aferir da veracidade das acusações que pendem sobre eles. Não tendo havido isso, pode indiciar es- tar o Presidente com as mãos atadas ao não accionar os mecanismos da justiça. 2 – Nomeação ou gratificaç­ão? No tocante a chamada dança de cadeiras, vulgo nomeações, nas instituiçõ­es públicas, na maioria dos casos, deram e dão a sensação de continuida­de, alojando os “job for boys” do MPLA e famílias afins, na lógica da “gratificaç­ão” face a “engenharia” da “vitória eleitoral”, que o mérito profission­al, académico e a honestidad­e intelectua­l, senão vejamos, estes três casos indesmentí­veis: a) A nomeação “prémio” do ex-director do Gabinete dos Partidos Políticos do Tribunal Consti-

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