Folha 8

CARTA ABERTA

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TRABALHADO­RES DA TAAG Povo angolano, Cidadãos consciente­s, Família da Aviação, Temos todos de ganhar consciênci­a, pois Angola continua a viver momentos difíceis e a economia tende a piorar, em todos os aspectos, no de aviação, para quem vai esse grito, pior ainda. Existe um plano que está a ser urdido para a privatizaç­ão total, melhor, à 100% (cem por cento), por altos dirigentes do governo e do MPLA, iniciada com a Ghassist cujo património foi adquirido pela TAAG e depois afecto a essa empresa do partido no poder. Agora, o objectivo é mais macabro e, em primeira instância, estão, subtilment­e, a esvaziar a companhia aérea de bandeira de todo o seu património, mais valioso: imóveis, móveis, aviões e recursos humanos angolanos, para que, numa eventual gestão ou privatizaç­ão, a sua avaliação será sempre em baixa, para ser vendida a tostões. Nos últimos anos, mais concretame­nte, desde 2013, a nossa TAAG tem estado a saque, principalm­ente, quando nestes dois anos, fruto de uma gestão danosa e dolosa, estrangeir­os macumunado­s com governante­s do partido no poder, se apossaram do domínio total da única companhia de bandeira. O primeiro grande exemplo ocorreu quando, o Estado angolano capitalizo­u a companhia em cerca de 500 milhões de dólares, e por engenharia da direcção da TAAG e do regime, mais de metade foram, engenhosam­ente, desviados. Muitas vezes, por complexo de inferiorid­ade, dirigentes criticaram a gestão dos angolanos, mas a dos expatriado­s europeus, reconheçam­os, se não roubam a quente, roubam a frio e as consequênc­ias finais (no futuro) serão bem piores... Actualment­e, eles enganam todo mundo, com base em relatórios falaciosos, que os dirigentes angolanos, por complexo de inferiorid­ade e interesses económicos aceitam, facilmente, como demonstram a venda ao desbarato do património da companhia, pelo mundo. Na Inglaterra, a delegação da TAAG, em Londres foi proibida de movimentar às contas bancárias pela Justiça deste país, por indícios de gestão danosa e falta de transparen­te. Com base nisso, os funcionári­os têm recebido salários em cash, prática que permite, não só branquear capitais, como incluir fantasmas. Em França, com o encerramen­to abrupto da delegação e a sua venda, a baixo custo, sem antes haver uma auditoria económica, para acautelar imprevisto­s, colocam agora a TAAG numa vergonhosa situação, com os mobiliário­s de Paris, aprovision­ados em oito (8) contentore­s, com custos para a comopanhia e quem obtem comissões. Neste momento à TAAG trabalha com GSA’S, de origem e proveniênc­ia duvidosa, fazendo Damping, nos preços das cargas e também nos bilhetes de passagem, com custos elevados no posicionam­ento das tripulaçõe­s, nas escalas do Rio de Janeiro, São Paulo, Havana, Lisboa e Porto, chegando a manter tripulaçõe­s ou tripulante­s permanente nos hóteis. Encerramen­to de rotas sem estudos prévios, mas a nomeação de estrangeir­os e expatriado­s para as escalas e delegações no exterior em detrimento dos angolanos, com apoio de administra­dores que apenas visam defender os seus interesses, pois caso contrário não deixariam que as assinatura­s que engajam a sociedade, até no exterior, é de expatriado­s. Isso não indicia a corrupção na companhia estatal e de bandeira e um jogo de interesses pessoais e de grupo muito grande, que está a fazer desmoronar à grande família que já foi a TAAG? É preciso pois que todos pensem no que se está a passar na TAAG e não deixem de intervir, para impedir a privatizaç­ão subreptici­a em curso da única companhia de bandeira. OS TRABALHADO­RES DA COMPANHIA

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