Folha 8

MAIS DO MESMO EM P

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rovavelmen­te por ainda acreditar no Pai Natal, o líder da UNITA, maior partido da oposição angolana, manifestou a disponibil­idade desta formação para uma concertaçã­o directa com o MPLA, força política no poder em Angola desde 1975, e o Estado, para a concretiza­ção da reconcilia­ção nacional. Isaías Samakuva, que discursava na cerimónia de cumpriment­os de fim de ano, considerou o actual momento político de Angola uma “oportunida­de para os angolanos encontrare­m novos caminhos e abordagens para a concretiza­ção da reconcilia­ção nacional”. Para o presiden- te da UNITA, os princípios orientador­es do diálogo poderão incluir o reconhecim­ento de que são todos culpados, responsáve­is e vítimas do passado, que uma guerra civil não tem vencidos nem vencedores e que a história política de Angola deve ser escrita no espírito da reconcilia­ção nacional e da construção da nação. Na sua proposta, Isaías Samakuva apresenta como pontos a incluir na agenda deste “amplo e decisivo diálogo nacional”, a afirmação da vontade política do Estado para encerrar a era da partidariz­ação do Estado, o fim do período da utilização dos cargos públicos para enriquecim­ento ilícito, a abordagem da “questão mal resolvida da desmobiliz­ação dos ex- -militares, antigos combatente­s e veteranos da pátria, entre outras questões. “Pela complexida­de que a reconcilia­ção nacional encerra em Angola, o modelo a seguir e os conteúdos devem revisitar as fórmulas ancestrais, as experiênci­as contemporâ­neas de vários países que experiment­aram o fratricídi­o e contextual­izá-las de forma a criar-se espaço político, económico, social e cultural, onde seja possível viver a verdade, o perdão, a justiça, o reconhecim­ento e a aceitação recíproca”, referiu. O dirigente da UNITA considerou que o início de 2018 constitui uma oportunida­de ímpar para os angolanos começarem “a partir os muros altos da partidariz­ação do Estado” e darem início à construção dos fundamento­s “para a construção de nação, inclusiva, solidária e

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