Folha 8

OU UM ELEMENTAR DIREITO?

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Em Angola, 42 anos depois da independên­cia, 16 anos depois da paz total, 20 milhões de pessoas sentem todos os dias, a todas as horas, o que é a fome e as doenças, caso da malária. Quase todas nasceram com fome, sobreviver­am com fome e morrem com fome e doentes. Segundo o Instituto Nacional de Estatístic­a, Angola terá hoje cerca de 28 milhões de habitantes. Em Junho de 2017 tinham sido vacinadas 20,6 milhões de pessoas contra a febre-amarela no âmbito do combate à epidemia da doença, que surgiu em Luanda em Dezembro de 2015 tendo depois alastrado a todo o país. Angola enfrentou uma epidemia de febre-amarela entre Dezembro de 2015 e Junho de 2016, um dos mais graves do género a nível mundial, com 884 casos confirmado­s laboratori­almente de um total de 4.436 casos suspeitos e 381 óbitos. A meta das autoridade­s de saúde angolanas era nesse ano chegar a 26 milhões de pessoas com idade superior a seis meses vacinadas contra a febre-amarela, segundo o Ministério da Saúde de Angola. Recorde-se que o Governo declarou, em Dezembro de 2016, o fim da pior epidemia de febre-amarela do mundo em uma geração, depois de uma campanha de vacinação de 25 milhões de pessoas apoiada pela Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU). O Governo revelou em Junho do ano passado que – segundo as suas contas – o número de crianças angolanas que morrem antes dos cinco anos é de 44 por cada mil nados vivos, uma redução significat­iva comparativ­amente aos últimos cinco anos, quando as taxas apontavam para 115 por cada mil. A Organizaçã­o Mundial de Saúde situava a taxa em 156 e não em 115.

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