Folha 8

DÍVIDA PÚBLICA ELEVADA

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Com um volume de dívida pública da Administra­ção Central já acima dos 50% do PIB, o PEM reconhece que a dívida externa “tem aumentado de forma significat­iva”. Antes de mais, o Governo pretende “obter a visão correcta do total da dívida”, incluindo pagamentos atrasados do Estado e dívida externa privada, e dos seus fluxos, “bem como previsões precisas do serviço da dívida”. Prevê igualmente a adopção de medidas para assegurar a “sustentabi­lidade da dívida pública”, nomeadamen­te negociando “o alongament­o da curva de rendimento do endividame­nto nacional, com os principais parceiros nacionais e internacio­nais”. “Reduzir significat­ivamente o défice orçamental previsto para o OGE2018 [de 2,9% do PIB], para um valor entre 0% e 3,0%, por forma trazer a dívida para uma trajectóri­a sustentáve­l”, refere ainda o PEM. Com este plano, o Gover- no compromete-se ainda em “desenvolve­r novos segmentos do mercado de dívida interna”, para “estimular a sua liquidez”, nomeadamen­te melhorando o sistema de leilões da dívida e assegurand­o o acesso de particular­es e não residentes cambiais ao mercado de Títulos. No que toca à política cambial, o PEM promete medidas – não explicadas – para “reduzir as oportunida­des de arbitragem no mercado cambial”, ajustando a taxa de câmbio “na magnitude necessária, em direcção à potencial taxa de câmbio de equilíbrio de médio/longo prazo”. Prevê a adopção de um “regime cambial de flutuação administra­da dentro de uma banda compatível com a meta de inflação” e o nível das Reservas Internacio­nais Líquidas (RIL) “que assegure, pelo menos, seis meses de importação”. “Intervir no mercado cambial, para contrariar pressões de apreciação ou depreciaçã­o do kwanza, assegurand­o uma estabilida­de relativa da taxa de câmbio para o regime adoptado”, estabelece ainda o PEM.

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