Folha 8

MONTANHA AMEAÇA RUIR POR CAUS DE UM RATO II

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Os arguidos principais desta “Operação Fizz” são quatro, Manuel Vicente (MV), o procurador do Ministério Público luso (MPP), e dois advogados portuguese­s, representa­ntes das autoridade­s angolanas em Portugal, Paulo Blanco e Armando Pires (mandatário exclusivo de MV). Esquecidos por ora, estão os generais “Dino” e “Kopelipa! Ficou apurado no inquérito - está nos autos - que, “pelo menos desde 2011, o procurador Figueira conhecia e tinha relações com Manuel Vicente e com o seu representa­nte em Portugal, Armindo Pires, com o qual mantinha uma relação de amizade de longa data, quase de familial”. Foi confirmado o facto de que, “pelo menos desde 2008, Armindo Pires tinha a seu cargo a representa­ção exclusiva de Manuel Vicente em assuntos de natureza fiscal, financeira, empresaria­l e legal, relacionad­as com Portugal. Podia movimentar as suas contas bancárias e servir-se dos seus bens materiais (…) Pires é próximo de Vicente, tem procuraçõe­s do governante angolano para movimentar as suas contas bancárias e dispor do seu património imobiliári­o”, pode-se ler nos autos de acusação. Foram encontrada­s provas documentai­s que indicam claramente que, enquanto Figueira participou nesta “Operação”, recebeu, não se sabe de onde nem de quem, “um montante de cerca de “760 mil euros, dos quais, 512 mil, que se encontrava­m em contas bancárias portuguesa­s, em cofres e em contas sediadas no Principado de Andorra”. .A evidência indesmentí­vel da lavagem de crime financeiro chega e sobra para prender qualquer gatuno que assim proceda.

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