Folha 8

NOVO AEROPORTO DE LUANDA FALTA QUASE PARA… POUCO!

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Oministro dos Transporte­s disse esta semana que o nível de execução das obras de construção do novo aeroporto internacio­nal de Luanda ganhou velocidade, mas a conclusão só deverá acontecer dentro de 24 meses. Augusto Tomás falava à margem de uma visita que efectuou acompanhad­o do presidente da Associação Internacio­nal dos Trans- portes Aéreos (IATA), Alexandre de Juniac, às obras daquela infra-estrutura, localizada no município de Icolo e Bengo, a 30 quilómetro­s de Luanda. “O nível de execução ganhou uma velocidade superior, está mais rápido, a qualidade dos trabalhos melhorou e estamos confiantes que teremos aqui um projecto de qualidade para servir Angola, a região e África”, disse Augusto Tomás, garantindo que a obra termina dentro de dois anos e que “por enquanto está garantido” o financiame­nto para a sua conclusão. Na sua intervençã­o, que marcou o arranque da “Conferênci­a Internacio­nal da Aviação Civil”, o governante angolano frisou que o novo aeroporto internacio­nal de Luanda permitirá quadruplic­ar a capacidade aeroportuá­ria da capital angolana, passando dos atuais 3,6 milhões de passageiro­s anuais, para uma

capacidade de cerca de 15 milhões por ano. “Esta nova e fundamenta­l infra-estrutura aeroportuá­ria é uma peça-chave para o desiderato que estabelece­mos de posicionar Luanda como um ‘hub’ de referência do sector aéreo na região”, disse Manuel Augusto, sublinhand­o que o continente passará a dispor de um dos maiores aeroportos da África subsariana. Por sua vez, o presidente da IATA, Alexandre de Juniac, considerou aquela infra-estrutura como “impression­ante”, consideran­do que deverá ser “o mais bonito e moderno aeroporto em África”, após a sua conclusão. “Angola pode orgulhar-se dele”, disse Alexandre de Juniac, realçando que o novo aeroporto vai “prover conectivid­ade, empregos, negócios, comércio, turismo”, além de se tornar “o grande ponto de entrada ou de conexão para Angola e para África”. “É muito importante para o vosso país. Nós felicitamo­s o Governo e o ministro por isso”, adiantou. Em Outubro de 2017, após uma visita realizada pelo Presidente angolano, João Lourenço, o titular da pasta dos transporte­s disse que o novo aeroporto internacio­nal de Luanda, em construção desde 2004 por empreiteir­os chineses, só deverá iniciar operações em 2019, um atraso de dois anos face à previsão anterior, justificad­o com dificuldad­es financeira­s. Segundo o ministro, o valor global da empreitada, incluindo os novos acessos, já ultrapassa os 5.500 milhões de euros. Na altura, Augusto Tomás avançou que o grau de execução das obras situava-se em apenas 57,5 por cento, prevendo-se apenas para final de 2019 a sua entrada em funcioname­nto. Problemas de ordem financeira, técnica e operaciona­l condiciona­vam o decurso da empreitada e obrigaram à substituiç­ão do empreiteir­o, com garantia de financiame­nto para a execução dos trabalhos. Duas das pistas foram concluídas em 2015, assim como a torre de controlo, decorrendo a construção de terminais. O projecto é financiado por fundos chineses englobados na linha de crédito aberta por Pequim para permitir a reconstruç­ão de Angola, depois de terminado um período de três décadas de guerra civil.

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PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO INTERNACIO­NAL DOS TRANSPORTE­S AÉREOS (IATA), ALEXANDRE DE JUNIAC
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OBRAS DO NOVO AEROPORTO INTERNACIO­NAL DE LUANDA
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