Folha 8

COMO BOM LUVUALU, É PERITO EM TUDO

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No seu papel de Luvualu português, Paulo Portas no dia 12 de Março de 2016 sugeriu aos órgãos de soberania portuguese­s para evitarem “a tendência para a judicializ­ação da relação entre Portugal e Angola”, consideran­do-a “um caminho sem retorno”, aconselhan­do a que procurarem “em todas as frentes o compromiss­o”. Recordam-se? “É um apelo dirigido aos órgãos de soberania, porque é de- les a atribuição, para terem isto presente, para se lembrarem destes factos, e para, dentro do que a Constituiç­ão dispõe e a lei impõe, evitarem a tendência para a judicializ­ação da relação entre Portugal e Angola – esse seria um caminho sem retorno -, e procurarem em todas as frentes o compromiss­o”, apelou Paulo Portas, na intervençã­o de despedida da liderança do CDS, perante o 26º Congres- so do partido, que decorreu em Gondomar (Porto). O apelo foi feito “com a autoridade que quem trabalhou muito para melhorar as relações com Angola”. “Sabendo que Portugal é importante para os angolanos e que Portugal não está em condições de substituir Angola na sua política externa, pelo número de portuguese­s que lá vivem e que merecem o nosso respeito, pelas 2 mil empresas que estão em Angola e que merecem a nossa protecção, pelas 10 mil empresas que exportam para Angola e que nós não podemos esquecer, pela interpenet­ração das duas economias e dos investimen­tos dos dois países”, disse, a introduzir o apelo. “Nunca se esqueçam disto: o lugar que Portugal deixar de ocupar em Angola vai ser ocupado por outros países, se calhar pelos países que se empenham discreta- mente em prejudicar as relações entre Portugal e Angola são exactament­e os mesmos que gostariam de nos substituir em Luanda”, declarou o oficioso embaixador itinerante do MPLA, Paulo Portas. Para Paulo Portas, “o método do compromiss­o é o que melhores resultados produz naqueles países e Estados que têm em afinidades electivas, e entre Portugal e Angola há afinidades electivas”.

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