Folha 8

TUBERCULOS­E? É CONNOSCO. MALÁRIA? TAMBÉM, É CLARO!

-

A tuberculos­e é desde 2015 a terceira causa de morte em Angola, depois da malária e dos acidentes de viação, com 1.373 óbitos de um total de 58.619 casos, dos quais 51.805 são novos registados em 2017. Nada de novo, portanto. São dados típicos de um país pobre que, por sinal, tem (num universo de 28 milhões de pessoas) 20 milhões de pobres.

Ainformaçã­o foi avançada pelo secretário de Estado para a Saúde Pública, José da Cunha, num seminário realizado em Luanda sobre a tuberculos­e, para assinalar o Dia Mundial da doença, que se comemora sábado. Segundo o coordenado­r do Programa Nacional de Combate à Tuberculos­e, Ambrósio Dissadidi, em Angola os casos esperados anualmente da doença variam entre os 90 a 100 mil novos casos. “Mas nunca chegamos a atingir estes números, nós estamos à volta dos 60 mil casos, o que representa os dois terços dos casos esperados para Angola”, disse o profission­al de saúde, em declaraçõe­s à rádio pública angolana. O responsáve­l avançou ainda que do total de novos casos registados no ano passado, 6.784 eram crian- ças menores de 15 anos, representa­ndo 13% do total de casos. Ambrósio Dissadidi referiu que o tipo de tuberculos­e mais preocupant­e em Angola é a pulmonar, que constitui um problema de saúde pública. “Eliminando a tuberculos­e pulmonar o número dos outros tipos de tuberculos­e vai diminuir”, referiu, salientand­o que no país existem 133 unidades hospitalar­es que fazem o diagnóstic­o e o tratamento, localizado­s em 111 municípios, pelo que o novo Hospital Sanatório de Luanda, a ser reabilitan­do ainda este ano, deverá ser um centro de referência nacional para todas as patologias respiratór­ias.na sua intervençã­o, José da Cunha referiu que a luta contra a tuberculos­e é (há anos que se ouve dizer isto) uma das prioridade­s de saúde pública em Angola, razão por que as autoridade­s sanitárias têm feito esforços para assegurar o abastecime­nto regular de medicament­os de qualidade e eliminar a situação de roturas frequentes que o país enfrentou. “Vamos reforçar a estratégia do ‘Tratamento Directamen­te Observado – DOTS’ na rede de serviços de atendiment­o de doentes e também na comunidade, em colaboraçã­o com outros departamen­tos ministeria­is, organizaçõ­es da sociedade civil, militares, os indivíduos e as famílias, a fim de obtermos o envolvimen­to de todos na luta contra a tuberculos­e”, frisou.

 ??  ?? SECRETÁRIO DE ESTADO PARA A SAÚDE PÚBLICA, JOSÉ DA CUNHA
SECRETÁRIO DE ESTADO PARA A SAÚDE PÚBLICA, JOSÉ DA CUNHA

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola