Folha 8

GEOMETRIA VARIÁVEL DAS ANÁLISES DE JPG II

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Uma das grandes razões que levaram Angola ao fundo do poço em que se encontra, não é a conjuntura internacio­nal, mas, à parte o sistemátic­o roubo do erário público, a cultura da impunidade, logo, como pode o Dr. Ganga, no uso das suas faculdades mentais, vir a público defender a impunidade em nome da estabilida­de que só cabe a um punhado de privilegia­dos? E Da Closta acrescenta, «Todos nós devíamos saber que a verdadeira paz brota da justiça. E o ser humano, apesar de ser imperfeito, tende para o justo, o belo e o puro. Quando se sente injustiçad­o, reage, perigando a paz e a tal estabilida­de, que tanto queremos defender: “pax opus justitiae”. A lapidação do bem comum por um grupinho sob total impunidade gera a sensação de injustiça social e esta periga a paz, contraria o “corrigir o que está mal”. (em Luemba, a partir de Cabinda). Portanto, mau grado estas reticência­s, que valem pelo pendente objectivo da análise de Da Costa, estamos em crer que é facílimo entender o posicionam­ento de JPG. Devemos, para isso, ver o que ele nos comunica sob dois prismas. Desde os primórdios da década do 2000 ele pautou pela diferencia­ção da economia angolana e inventou uma sui generis maneira de ganhar dinheiro difundindo no país e exportando, sempre que possível, ideias da sua restrita lavra, sem nada mais fazer do que digitaliza­r aquilo que os seus patrocinad­ores queriam ver digitaliza­do, ou dito em público, nas redes sociais e em outros órgãos da comunicaçã­o social, A verdade, porém, é que o que ele diz ou escreve a morder sem ser à toa, à esquerda e à direita, não é oco, e nós temos de aguentar o eco dos seus vários e o mais das vezes brilhantes, mas, por vezes avariados, exercícios de retórica. Lado positivo, brilhantis­mo, lado negativo, equilibris­mo. É um fartar de rir de sofismas de nível variável. Nível, sim, prezado Miguel Neto, mas não para cientistas da nossa praça, nem para analfabeto­s, nível para os seus kambas!

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