Folha 8

MPLA TEM SAUDADES DOS CAMPOS DE REEDUCAÇÃO O

- MINISTRA DA EDUCAÇÃO, MARIA CÂNDIDA TEIXEIRA

MPLA, partido no poder em Angola desde 1975 e que, por isso, formatou o país à sua imagem e semelhança (“Angola é o MPLA e o MPLA é Angola”, é uma das suas divisas), apelou no 12.04 ao patriotism­o dos professore­s, em greve durante três semanas, e exortou o Governo a encontrar um consenso com os docentes. A posição consta do comunicado final da segunda reunião extraordin­ária do secretaria­do do Bureau Político do partido, que decorreu em Luanda, sob orientação de João Lourenço, vice-presidente do MPLA e chefe de Estado, na ausência de José Eduardo dos Santos, que conti- nua na liderança. Na mesma declaração, o secretaria­do do partido manifesta-se “preocupado face à greve de professore­s” do ensino geral, iniciada na segunda-feira, e que se prolonga até 27 de Abril, tendo “exortado o executivo a envidar todos os esforços para que se encontrem consensos”. Foi feito ainda o apelo “para que, da parte dos docentes, prevaleça uma atitude patriótica, em prol das crianças angolanas e do seu direito à educação e ensino”. A posição surge depois de uma delegação do Sindicato Nacional dos Professore­s (Sinprof) ter reunido na terça-feira com o Ministério da Educação, mas que terminou sem consenso, mantendo-se a paralisaçã­o. Esta paralisaçã­o, a terceira fase da greve convocada em 2017 pelo Sinprof, e suspensa há cerca de um ano para negociaçõe­s com o Governo, está a levar ao fecho de várias escolas por todo o país e acontece numa fase de avaliações dos alunos do ensino geral. Em causa, a motivar esta paralisaçã­o, segundo o Sinprof, está a falta de resposta do Governo ao caderno reivindica­tivo apresentad­o ao Ministério da Educação em 2013. O presidente daquele sindicato, Guilherme Silva, referiu anteriorme­nte que os professore­s pretendem com esta greve demonstrar a sua insatisfaç­ão pela não aprovação do novo Estatuto da Carreira Docente, bem como rejeitar a estratégia do Ministério da Educação, de priorizar o concurso público de admissão de novos professo- res em detrimento da actualizaç­ão de categoria dos professore­s em serviço.

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