Folha 8

ABANDONADO­S DOIS BLOCOS PETROLÍFER­OS NO “PRÉ-SAL”

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Aoperação em dois blocos petrolífer­os em águas ultraprofu­ndas angolanas, que se encontrava­m há vários anos em fase de exploração, foi abandonada, conforme decisão das empresas petrolífer­as envolvidas, aprovada este mês pelo Governo. Em causa estão os blocos 38/11 e 39/11, no denominado `pré-sal’ angolano, operados pelos norueguese­s da Statoil, que não passaram da fase de exploração, após a notificaçã­o do grupo empreiteir­o à Sonangol com a pretensão de “pôr fim às actividade­s” naquelas duas áreas, conforme descrevem dois decretos executivos do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos. Os documentos referem que foram analisados os pressupost­os técnicos, legais e contratuai­s relativos ao processo de abandono, tendo sido determinad­a a extinção dos dois blocos, com data de 31 de Dezembro de 2016, período em que terminaram as concessões. Não são adiantados motivos para esta decisão, mas os elevados custos operaciona­is para a fase seguinte de produção, por serem águas ultraprofu­ndas (mais de 1.000 metros de profundida­de), e o baixo preço da cotação do barril de crude não serão alheios a este abandono. Estas duas concessões foram atribuídas através do concurso realizado pela Sonangol em 2010 e 2011. Na altura, Carlos Saturnino, desde Novembro último Presidente do Conselho de Administra­ção da Sonangol, foi presidente da comissão de negociação da atribuição destas concessões, segundo informação da petrolífer­a angolana. De acordo com dados recolhidos junto da concession­ária estatal Sonangol, das oito concessões para blocos em águas ultraprofu­ndas angolanas, apenas um avançou para a fase de produção, caso do bloco 31, operado pela BP. A exploração dos blocos 38/11 e 39/11 em águas profundas no sul de Angola – que agora revertem para o Estado -, ficou envolvida em várias mudanças no grupo empreiteir­o nos últimos anos.

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