Folha 8

“QUANTO MAIS NOS BATES… MAIS NÓS GOSTAMOS DE TI”

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Apropósito da retardada divulgação do substituto de Marcos Barrica como embaixador angolano em Lisboa, o ministro dos Negócios Estrangeir­os de Portugal, Santos Silva, diz que “não há nenhuma anomalia nem nenhum facto supervenie­nte que eu tenha que assinalar, muito menos que comentar”, garantindo ainda que a “República de Angola cumpriu o disposto nas convenções que regulam as relações diplomátic­as entre países. Da nossa parte, também cumprimos”. A cimeira Portugal/angola esteve marcada para o dia 27 de Março passado. João Lourenço mandou recado por um dos seus subalterno­s para os portuguese­s irem dar uma volta ao bilhar grande, justifican­do que nesse dia João Lourenço iria estar ocupado com o que de facto é importante: um encontro (que acabou por não acontecer) com o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy. Manuel Vicente continua a rir-se a bandeiras despregada­s. Mas, como sempre, o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, explica que foi tudo uma questão de agenda. Ou seja, a cimeira acontecerá quando o MPLA quiser e se quiser. Para desbloquea­r a atolada agenda do Executivo de João Lourenço é apenas necessário que Manuel Vicente seja considerad­o um herói em… Portugal. Está, portanto, tudo na mão dos bajuladore­s portuguese­s. Embora o MPLA saiba o nível dessa bajulação, quer mais, quer muito mais. Politicame­nte quase todos os partidos lusos já estão de cócoras. O Governo (este como os anteriores) também está. O Presidente da República é o exemplo acabado disso e já não tem espaço para estar mais agachado. Só faltam os juízes. Mas a resistênci­a tende a acabar. Recorde-se que o Parlamento português, esse autêntico prostíbulo quando a questão é prestar vassalagem à ditadura do MPLA, chumbou em Maio de 2017 um voto de condenação, apresentad­o pelo Bloco de Esquerda (BE), à “repressão de activistas” em luta “pela democracia em An-

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