ONDE ANDA A ACADEMIA SUECA
A Academia Sueca parece, contudo, esquecer pontos fundamentais: “O Presidente José Eduardo dos Santos não governa há 38 anos. Ele é o líder de um povo que teve de enfrentar de armas na mão a invasão de exércitos estrangeiros e os seus aliados internos”; “José Eduardo dos Santos foi o líder militar que derrubou o regime de “apartheid”, o mesmo que tinha Nelson Mandela aprisionado. José Eduardo dos Santos só aceitou depor as armas quando a Namíbia e a África do Sul foram livres e os seus líderes puderam construir regimes livres e democráticos”; Foi graças a José Eduardo dos Santos que Portugal adoptou a democracia, que a escravatura foi abolida, que D. Afonso Henriques escorraçou os mouros, que Barack Obama foi eleito e que os rios passaram a correr para o mar; O divino carisma de José Eduardo dos Santos tornou-o o mais popular político mundial, pelo menos desde que Diogo Cão por cá andou. Tão popular que bate aos pontos Nelson Mandela, Martin Luther King e até mesmo Cristiano Ronaldo ou Lionel Messi. Também concordamos que Eduardo dos Santos merece um Prémio Nobel que, contudo, ainda não existe. Ou seja, um Nobel que distinga quem é o principal responsável por Angola ser – entre muitas outras realidades – um dos países mais corruptos do mundo, por ser um dos países com piores práticas democráticas, por ser um país com enormes assimetrias sociais, por ser o país com o maior índice de mortalidade infantil do mundo. Escrever sobre José Eduardo dos Santos, abordando tanto a sua divina e nunca vista (nem mesmo pelo Vaticano) qualidade de Presidente da República como a de simples, honrado, incólume, impoluto, honorável e igualmente divino cidadão, tem tanto de fácil como de complexo. Fácil porque basta conjugar o verbo bajular. Complexo porque não há qualificativos que cheguem… Por outras palavras. Fácil, porque se trata de uma figura que lidera o top das mais emblemáticas virtudes da humanidade, consensualmente (desde a Coreia do Norte à Guiné Equatorial) aceite como possuidora de uma personalidade até hoje acima de qualquer outra, forte, férreo e de novo divino carisma que o torna o mais popular político mundial. Não admira, pois, que seja considerado com toda a justiça – como hoje fez João Lourenço – não só pai da nação do MPLA, de África, do Mundo e de tudo o mais que se vier a descobrir nos próximos séculos. A complexidade de se escrever sobre José Eduardo dos Santos resulta, afinal de contas, da soma dos factores que o tornam unanimemente como a mais carismática, impoluta, honorável divina etc. etc. etc. figura da história da humanidade. Quem com ele conviveu na infância e na juventude reconhece-lhe o mérito de, ao longo dos anos, se ter mantido fiel a si mesmo, mostrando já desde pequeno (talvez até mesmo antes de nascer) a sua faceta de futuro cidadão carismático, impoluto, honorável, divino etc. etc. etc. figura da história da humanidade. Dizem os muitos milhões de amigos que tem espalhados por todo o universo conhecido, que sempre foi amigo dos seus amigos, que nunca esqueceu de onde veio e muito menos de onde nasceu e com quem conviveu nos bancos da escola. Sempre disponível para ajudar quem a si recorre nas mais variadas circunstâncias, como podem comprovar os mais de 20 milhões de angolanos pobres, José Eduardo dos Santos é o rosto da generosidade, da determinação, do carisma que caracterizam um ser impoluto, honorável, divino etc. etc. etc. figura da história da humanidade. Mas há mais. Para além da sua faceta enquanto cidadão carismático, impoluto, honorável, divino etc. etc. etc. e figura da história da humanidade, é igualmente um homem (talvez o único) de paz e de uma só palavra, discreto a ponto de se recusar a dar ordens para que seja escolhido como ven- cedor do Prémio Nobel da Paz, preferindo passar os louros da sua excelsa, impoluta e honorável governação para os seus colaboradores. A sua dedicação à família, caso a merecer estudo científico por ser único desde a pré-história, é assumida sem grande alarido, mas com uma total devoção, fazendo sempre questão de separar claramente que aquilo que é dos angolanos ao Estado pertence, e que o que é do Estado aos… seus familiares pertence. Homem de uma só palavra, cidadão carismático, impoluto, honorável, divino etc. etc. etc. figura da história da humanidade, José Eduardo dos Santos carrega consigo o segredo de ser amado por 99,6% dos angolanos… incluindo João Lourenço. Embora seja um cidadão carismático, impoluto, honorável, divino etc. etc. etc. figura da história da humanidade, dizem os seus acólitos que é uma pessoa normal, de carne e osso. E é aqui que reside o busílis. Assim não será eterno.
É igualmente um homem (talvez o único) de paz e de uma só palavra, discreto a ponto de se recusar a dar ordens para que seja escolhido como vencedor do Prémio Nobel da Paz