“SOLUÇÃO PACÍFICA”? SIM. TAL COMO NO 27 DE MAIO
Ochefe do Estado-Maior General das Forças Armadas ( armadas não sabemos em quê?) de Angola diz que o executivo angolano mantém total abertura e disponibilidade para apoiar os esforços e iniciativas que visam a solução pacífica dos conflitos ainda existentes no continente africano. Pois… Solução pacífica de conflitos?! Os angolanos que não pertencem à oligarquia cleptocrática continuam a ter necessidade de saber lidar com o recalcamento psicológico de conflitos, passados e presentes, para poderem sobreviver. A oligarquia cleptocrática continua a exigir paz, muita paz, demasiado conformismo aos muitos milhões que foram vítimas do comunismo e agora são reféns do cabritismo. Demagogia não enche a barriga aos que padecem e aos que morrem com barriga vazia. É este o principal motivo para lançamos a pergunta: O comandante das Forças Armadas anda armado em pacificador de confrontos no estrangeiro quando o partido a que presta vassalagem, para além de ser gerador de injustiças, não é capaz de solucionar os conflitos latentes em Angola, a levedar cada vez mais? Haverá em África um partido e um governo capazes de gerar mais conflitos do que o MPLA? As últimas décadas dizem-nos que não, desde os acontecimentos do 27 de Maio de 1977 até ao mais recente fuzilamento de uma criança, o Rufino António, por tentar evitar que derrubassem a cubata onde vivia com os pais, num bairro da lata. Os membros do partido da governação, da corrupção, demasiado aldrabão, pensam que as pessoas não têm memória. Manipula a História e impõe uma paz podre que consiste em obrigar a concordar e, se necessário, matar para calar. O MPLA iniciou a guerra civil em Angola, com o objectivo de implantar as orientações de uma ditadura comunista. Desres- peitou os acordos internacionais de pacificação que assinou. Agora critica outros movimentos políticos por reagirem e participarem nessa guerra da qual é o principal responsável. Faz lembrar a anedota acerca de um pedófilo que diz que as mulheres são violadas porque não aceitam ser abusadas. A ética não faz parte dos princípios mais básicos de orientação do partido da governação. A agressão deslocada, culpando os outros pelas suas actividades criminais, é uma prática demasiado (ab)usada pelo MPLA. A contradição consegue atingir os patamares mais altos da estupidez. O MPLA fuzilou nos acontecimentos do 27 de Maio de 1977 muitas dezenas de mi- lhar de cidadãos angolanos em geral, de militantes do partido em especial, para poder impor uma filosofia política que é o oposto da que defende agora. Eles chamam a isto o socialismo democrático. A definição mais ajustada para esta maneira de fazer política é socialismo parasitário. Dizem que o tempo é um bom conselheiro, no sentido de burilar e corrigir defeitos. Não é o caso nas atitudes e comportamentos assumidos pelos “altos” dirigente do MPLA. O tempo tem servido e serve para ampliar vícios antigos. João Lourenço, um dos principais beneficiários dos acontecimentos do 27 de Maio, noutros tempos formatado para defender o comunismo, afirmou numa campanha eleitoral, para uma eleição em que os resultados já estavam decididos com muita antecedência, que iria lutar contra a repressão. João Lourenço está-se a revelar um fiel militante no socialismo cleptocrático, isto é, do capitalismo selvagem. Na campanha dizia que iria combater a corrupção. Na governação o que está a fazer é legalizar a corrupção, com a tal Lei da Legalização da Roubalheira, eufemisticamente designada lei do repatriamento de capitais no estrangeiro. Os angolanos que pretendam manifestar-se contra esta vigarice governamental, com a cumplicidade da maioria de monangambés do MPLA nomeada para o parlamento, que tenham muito cuidado porque podem ser acusados de atentar contra a paz (para a roubalheira). A “pulhícia” e o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas mantêm total abertura e disponibilidade para apoiar os esforços e iniciativas que visam a “solução pacífica” dos conflitos, como O MPLA já fez anteriormente ao iniciar a guerra civil, fuzilando Cassule, Camulingue, Ganga, Rufino António, usando os esquadrões da morte… Um porco mascarado com um fato e gravata não deixa de ser porco e, porque não fala, é incapaz de pedir desculpa da chafurdice que faz!