ISRAEL E ANGOLA
As relações diplomáticas entre Angola e Israel tiveram início em 1993. Dois anos depois, em 1995, Israel abriu a sua Embaixada em Angola e, em 2000, o Governo de Angola abriu a sua Embaixada em Telavive. Após o Memorando de Entendimento e o Processo de Reconciliação Nacional no país, o Governo de Angola fez um apelo consolidado de ajuda humanitária. É assim que o Estado de Israel mudou a sua atitude e começou através das suas empresas a trabalhar nas áreas civis, reforçando assim a cooperação com o Governo de Angola. No quadro das relações de cooperação com o Governo de Angola, a Embaixada do Estado de Israel em Angola tem enviado a Israel, anualmente, cerca de 20 candidatos angolanos para frequentarem cursos em diversos domínios, especialmente na agricultura e em áreas da administração hospitalar – cooperação com o MASHAV (Centro para a Cooperação Internacional do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel). Em Dezembro de 2016, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, proibiu os seus ministros de viajarem, ou reunirem com governantes dos 12 países que votaram a favor da resolução na ONU contra a construção de colonatos israelitas na Cisjor- dânia e Jerusalém. A decisão de Benjamin Netanyahu, anunciada por um porta-voz diplomata de Israel, foi uma retaliação à votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada por 14 votos e nenhum contra. Os EUA, com poder de veto, abstiveram-se. Além de Angola, a suspensão estendeu-se à Rússia, França, Espanha, Reino Unidos, China, Japão, Egipto, Uruguai, Ucrânia, Senegal e Nova Zelândia. Malásia e Venezuela, que também promoveram a resolução, não mantêm relações com Israel. No livro “Jonas Savimbi – Angola para todos, os angolanos um símbo- lo, uma bandeira e uma pátria”, o seu autor diz: “Estou absolutamente convicto, e tive acesso a relatos de pessoas que o acompanharam, que os Estados Unidos, juntamente com israelitas, e utilizando um sofisticado meio de detecção de satélite, conseguiu descobrir a coluna de Savimbi e indicaram às Forças Armadas Angolanas (FAA), no terreno, as coordenadas”.