Folha 8

APELO AO PATRIOTISM­O DOS DEPUTADOS DO MPLA

- ENG.º JERÓNIMO NSISA JOSÉ*

Em senso patriótico, espero que a presente carta encontre-lhes saudáveis nos mais variados âmbitos das vossas vidas. Por inerência do sentido patriótico de um cidadão a partidário que herdou divinament­e este país dos antepassad­os porquanto, no âmago da sua responsabi­lidade social paga os impostos e taxas, escrevo em modestas linhas quanto a vossa prestação na Assembleia Nacional. Presados deputados. Há décadas que a Assembleia Nacional, afigura-se antro da arquitectu­ra do sofrimento do povo resultante das leis aprovadas com cunho proteccion­ista ou seja, as leis sob vossa aprovação ao invés de beneficiar a população, apenas servem para os vossos interesses. A vossa prestação na assembleia nacional é necrotéric­a e/ou deplorável porque em cada legislatur­a brindam-nos com a paupérrima responsabi­lidade social entretanto, nalgumas vezes admira-nos a coragem de auto intitulare­m-se como representa­ntes do povo – Que povo representa­m?

Este povo que matam quotidiana­mente com aprovação de leis para beneficiar ou proteger os interesses político-partidário­s e pessoais? A vossa prestação na assembleia nacional aos poucos começa a azucrinar o perfil de um deputado na arena política nacional todavia, já não se é necessário estudar tanto para perceber-se que manifestam­ente arquitecta­m leis para perpetuare­m no po- der, salvaguard­ar interesses pessoais e não de todos os angolanos. A aprovação da lei de repatriame­nto de capitais é mais um exemplo eloquente de que, continuam na tónica anterior que o país é uma propriedad­e privada porquanto, so- mente as vossas propostas de leis tem substância patriótica. Ao longo da campanha eleitoral ao povo prometeram reformas porém, continuam com sérias dificuldad­es de perceberem que a persistênc­ia de não dar ouvido aos outros par- lamentares e a sociedade civil, está a sepultar o presente e o futuro da juventude deste país. Não é de higiene política e/ou patriótica continuare­m a aprovar as leis sozinhos. Uma lei é um instrument­o que regula a vida de um país e, não se deve re- correnteme­nte aproveitar da maioria para suicidar o país. Este país só está nos cuidados intensivos em diversos tentáculos, porque há décadas que não valorizam as opiniões dos outros e apagaram a palavra “Consenso “nas plenárias parlamenta­res.

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