LÍNGUA QUE NÃO PÁRA? LÍNGUA QUE NÃO PARA?
A ministra da Educação de Angola, Maria Cândida Teixeira, exortou hoje que o Fórum dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) a tornar-se num “promotor do desenvolvimento sustentável” e de “uma política linguística de saberes e identidades”
“Na actualidade cabe ao Fórum PALOP fazer a revolução da paz com a promoção do desenvolvimento sustentável das nossas sociedades e de uma política linguística promotora de saberes e identidades tão plurais quanto à língua portuguesa”, disse a ministra. A governante que falava hoje em Luanda durante a cerimónia de abertura da 1ª reunião de ministros da Educação do Fórum PALOP, sublinhou que os referidos pressupostos, “solidificados com uma cooperação vantajosa” podem “beneficiar da rentabilização de meios e esforços”. “Da partilha de experiências ou ainda do desenvolvimento de projectos afins. O recurso ao apoio das organizações internacionais é, certamente, outra via para a implementação de projectos, no sentido de se alcançar o desenvolvimento no do- mínio da Educação e Ensino”, apontou. Participam nesta reunião do Fórum PALOP os ministros da Educação e representantes de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-bissau, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial, bem como Timor-leste, como país observador. A cooperação no domínio da formação de professores, a mobilidade e formação técnico-profissional de alunos, promoção de redes de investigação científica ou a troca de informação sobre boas práticas de ensino nos países membros são alguns dos temas em análise neste encontro. A temática da redução da desigualdade de ensino nos PALOP foi também sublinhada por Maria Cândida Teixeira, que no seu entender deve “merecer o apoio” das restantes organizações. “Tendo em vista o crescimento progressivo da paridade efectiva das relações entre os Estados membros das organizações ou comunidades as quais pertencemos”, adiantou. A ministra angolana recordou que a “par do reforço dos laços de amizade”, pretende-se com este encontro “estreitar os laços de cooperação no domínio da Educação e Ensino e ainda identificar necessidades comuns para busca de soluções”. Algumas dessas necessidades, observou, passam pelo “permanente esforço pela qualidade da Educação e Ensino, bem como o estudo da língua oficial destes países plurilingues”. “Estas similaridades constituem catalisadores para a rentabilização de meios e sinergias”, apontou. “Por uma educação sustentável, fortaleçamos a cooperação nos PALOP” é o lema da reunião de Luanda.