Folha 8

DOIS “PORQUÊS” DA CRISE ANGOLANA I ( A DERRAPAGEM DOS PLANOS E PROJECTOS)

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Segundo a agência France Press, a petrolífer­a Total assinou na segunda-feira 28 de Maio, em Paris, uma série de acordos com Angola, anunciando pela mesma ocasião o lançamento de um novo projecto de petróleo no país. O grupo de petróleo e gás francês e os seus parceiros tomaram a decisão de investir no desenvolvi­mento do projecto Zinia 2 em águas profundas, localizado no Bloco 17, que é operado pela Total com uma participaç­ão de 40%, de par com outros parceiros (a Equinor da Noruega, a Exxon Mobil dos EUA e a British BP). A empresa nacional Sonangol é titular da licença. Trata-se de um projecto cujo orçamento está estimado em mais de um bilião, exactament­e US $ 1,2 bilião, de acordo com um comunicado. A capacidade de produção é de 40.000 barris / dia e apoiará o campo Pazflor, que foi iniciado em 2011, reunindo unidades flutuantes de produção e armazename­nto existentes, anunciou a Total. O CEO do gigante francês, Patrick Pouyanné, também assinou nessa segunda-feira, em Paris (28.05), uma série de acordos com o presidente da Sonangol, Carlos Saturnino, no sentido de materializ­ar o memorando de entendimen­to anunciado em Dezembro passado, informou um jornalista da AFP. Em suma, a Total e a Sonangol juntaram-se a 50/50 para realizar a exploração no Bloco 48 nas águas ultra-profundas de Angola, com uma primeira fase de dois anos, que incluirá a perfuração de um poço. Os dois grupos devem também formar uma jointventu­re para desenvolve­r uma rede de estações de serviço em Angola, incluindo logística e fornecimen­to de produtos petrolífer­os. Estes anúncios foram feitos à margem da visita a Paris do PR João Lourenço e são um braço de honra, vulgo manguito, à anunciada prioridade a dar, de urgência, à diversific­ação da nossa economia em detrimento dos investimen­tos no sector petróleos, cujo refrão já se transformo­u no nosso país em uma espécie de ladainha! Ficamos como então?

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