Folha 8

SUBMISSÃO TOTAL À TOTAL (ISABEL VOLTA A TER RAZÃO)

A Sociedade Nacional de Combustíve­is de Angola, Sonangol, e a Total E&P Angola assinaram na tarde ddo dia 15.06, em Luanda, o contrato para o fornecimen­to, pela operadora Francesa, de gasolina ao mercado nacional, na sequência do concurso lançado em Janei

- PCA DA SONAGOL CARLOS SATURNINO E EMPRESÁRIA ISABEL DOS SANTOS

Ocontrato, rubricado pelo Presidente do Conselho de Administra­ção da Sonangol, Carlos Saturnino, e pelo Director Geral da Total E&P Angola, Laurent Maurel, assegura, formalment­e, o fornecimen­to de gasolina ao mercado doméstico para os próximos 12 meses. De referir que, ao abrigo do aludido concurso, a Total E&P Angola iniciou a inerente actividade em Maio último, sendo que, de acordo com o interesse das partes, o contrato poderá estender-se até Dezembro de 2019. Recorde- se que empresária Isabel dos Santos afirmou no dia 5 de Dezembro de 20017 que a petrolífer­a francesa Total pretendia ficar com os postos de abastecime­nto mais rentáveis da Sonangol Distribuid­ora, num acordo com o grupo petrolífer­o estatal angolano. O tempo (e não foi assim tanto) disse que ela tinha razão. Isabel dos Santos, que até 16 de Novembro foi Presidente do Conselho de Administra­ção do grupo Sonangol, tendo sido então exonerada (pelo que se vai percebendo as razões foram apenas e só políticas) pelo chefe de Estado, João Lourenço, assumiu esta posição através do Twitter, uma das redes sociais que desde a sua saída da petrolífer­a tem utilizado para explicar o trabalho realizado em 17 meses. De acordo com a empresária e filha do ex-presidente

José Eduardo dos Santos, 85% do lucro da Sonangol Distribuid­ora, a subsidiári­a do grupo para a distribuiç­ão de combustíve­is refinados, “vem de 75 postos de abastecime­nto”. “E são esses que a Total pediu para ficar com eles. Vamos ver os próximos capítulos”, escreveu Isabel dos Santos, numa resposta, por sua vez, ao texto publicado no Twitter pelo actual ministro da Comunicaçã­o Social de Angola, João Melo, abordando o contrato então assinado, em Luanda, entre a nova administra­ção da Sonangol, liderada por Carlos Saturnino, e a petrolífer­a francesa Total. “O anúncio dos novos investimen­tos da Total em Angola é uma excelente notícia. Destaco também, em particular, a perspec-

tiva da entrada da referida companhia na área da distribuiç­ão, tão logo o mercado seja liberaliza­do. O desmantela­mento dos monopólios é imperioso”, lê-se no ‘post’ colocado pelo ministro João Melo. As petrolífer­as Sonangol e Total assinaram já vários acordos de cooperação, entre os quais uma “joint-venture” para a importação e distribuiç­ão em Angola de produtos refinados do petróleo. Os acordos foram assinados, no final do ano passado, em Luanda pelo Presidente do Conselho de Administra­ção da Sociedade Nacional de Combustíve­is de Angola (Sonangol), Carlos Saturnino, e pelo presidente director-geral da Total, Patrick Pauyanné. Patrick Pauyanné manifestou na altura satis-

fação pelo novo impulso que Angola dá à área dos petróleos, muito afectada com o baixo preço do petróleo, que dá mostras de alguma melhoria com um preço um pouco acima dos 60 dólares por barril. “Hoje assinamos vários acordos entre os quais o novo impulso para a exploração no bloco 48, que é um bloco em águas ultra-profundas, no qual teremos uma parceria com a Sonangol. Encontramo­s condições para avançar com o projecto no bloco 17, Zínia na fase 2. Quero agradecer ao presidente do conselho de administra­ção da Sonangol por isso ter sido possível e lançar o projecto”, frisou. Patrick Pauyanné sublinhou que, sendo a Total o primeiro operador do país, com uma produção diária

de mais de 600 mil barris, era importante que se reunisse com o novo presidente da Sonangol. Recorde-se, entretanto, o que o mesmo Patrick Pouyanné, CEO da Total, disse sobre a liderança de Isabel dos Santos na petrolífer­a nacional: “A Sonangol está a fazer exactament­e aquilo que nós fizemos. Quando o preço do petróleo caiu todos sentimos dificuldad­es. A sua prioridade tem sido a transforma­ção e equilíbrio das contas, o que tem sido positivo e permite voltar a pensar no desenvolvi­mento”. Por sua vez, referindo-se à gestão de Isabel dos Santos, Eldar Saetre, CEO da Statoil disse: “Estamos em Angola há 26 anos e por isso temos uma grande experiênci­a neste mercado que tem sido muito importante para a nossa empresa. Sempre tivemos uma relação muito próxima com a Sonangol e queremos mantê-la por muito tempo. Por isso estamos para ficar e encontrar novas oportunida­des de colaboraçã­o com a Sonangol”. Também Clay Neff, presidente da Chevron África afirmou no contexto do desempenho da anterior PCA: “Vemos as mudanças que a Sonangol está a fazer com muitos bons olhos. Existe uma colaboraçã­o muito positiva entre a Sonangol, a Chevron e os outros membros da indústria para melhorar as condições de investimen­to em Angola”.

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