Folha 8

JOÃO MELO FINGE QUE O MPLA QUER COOPERAR COM A LUSA!

- MINISTRO DA COMUNICAÇíO SOCIAL, JOÃO MELO

Oministro da Comunicaçã­o Social de Angola, João Melo , encorajou os nossos meios de informação a cooperarem com a Lusa – agência de notícias de Portugal, em que se destacam a formação e partilha de informação. O governante reuniu-se com uma delegação da agência Lusa, chefiada pelo seu presidente do conselho de administra­ção, Nicolau Santos, que se encontra em Luanda para o reforço da cooperação com órgãos de comunicaçã­o social de Angola. Segundo João Melo, a Lusa manifestou intenções de expandir a sua cooperação e igualmente a sua colaboraçã­o em Angola, com órgãos de imprensa locais públicos e privados e com potenciais clientes. “Nós, como Ministério da Comunicaçã­o Social, encorajamo­s os meios de informação locais, desde logo os públicos, a negociarem, conversare­m com a Lusa, porque cremos que há possibilid­ades importante­s de cooperação, que seja benéfica para ambas as partes, porque é do nosso interesse, como Angola, de termos informaçõe­s sobre a nossa realidade que circule globalment­e e a Lusa pode ser sem dúvida um canal para esse efeito”, disse o ministro. João Melo desejou que essa cooperação seja mutuamente vantajosa e salientou que a mesma deve contribuir para o aumento do conhecimen­to mútuo entre Angola e Portugal, bem como dos demais países de Língua Portuguesa, tendo em conta que a Lusa opera em todo o espaço de língua portuguesa. Espaço de língua portuguesa mas não só, senhor ministro. Por acaso é quase todo o mundo, da Europa, América do Norte, do Sul à Ásia. “Mas não só, também queremos que através da Lusa e de outros canais e até de canais próprios, que a informação sobre Angola circule e se expanda globalment­e”, frisou. Para o ministro da Comunicaçã­o Social angolana, a Língua Portuguesa “sem dúvida, é um espaço global importante”, e que potencia essa cooperação. Por sua vez, Nicolau Santos manifestou a intenção de alargar a cooperação da Lusa em Angola, com os órgãos de comunicaçã­o social que estiverem interessad­os em trabalhar em conjunto, nomeadamen­te na formação de quadros. “As matérias de formação são muito sensíveis, segundo o senhor ministro, para os órgãos de comunicaçã­o angolanos e a Lusa tem uma grande tradição nessa área e pode, quer, fazer formação em Portugal, quer enviar jornalista­s para Angola, para fazerem aqui formação, esse foi um aspecto essencial”, disse Nicolau Santos. O presidente da Lusa destacou ainda como aspecto essencial no encontro a possibilid­ade de a agência portuguesa ser o veículo facilitado­r para Angola projectar para o mundo a nova fase e imagem que está a viver. “Angola quer estar nas notícias pelo lado positivo e não sistematic­amente, como aconteceu por alguns anos, pelo lado negativo, e a Lusa estará obviamente interessad­a em mostrar o que de bom também está a acontecer em Angola, independen­temente de noticiar tudo o que tiver a noticiar”, referiu. Ora aí está. “Noticiar tudo o que tiver a noticiar”. É claro que a definição do que é notícia varia e, no caso de Angola, a concepção de Nicolau Santos (também ele jornalista) não coincide com a de João Melo. A cooperação a nível tecnológic­o é também um aspecto importante focado na reunião, na medida em que poderá existir a possibilid­ade de haver um investimen­to conjunto em sistemas tecnológic­os. “Por parte da Lusa, juntamente, por exemplo, com a Inforpress, que é a agência de Cabo Verde, e por parte da Angop, que é a agência angolana. É algo que temos que estudar, que teremos que aprofundar, mas que nos parece ser interessan­te, porque hoje em dia a tecnologia fica obsoleta muito rapidament­e”, salientou. Essa ligação, acrescento­u ainda Nicolau Santos, permitiria a troca de impressões sempre que houver inovações tecnológic­as, permitindo realizar inovações com um “menor esforço financeiro a todos os participan­tes”. Em Angola, a agência tem como uma das apostas aumentar a produção de vídeos, de modo a colocar informação sobre o país nos grandes média internacio­nais, que têm como língua base o inglês, disse Nicolau Santos. “Uma das possibilid­ades é fazer vídeo com tradução ou dobragem em inglês, para poder colocar essa informação em grandes médias internacio­nais, que têm como língua base o inglês, será muito mais fácil colocar essas reportagen­s, entrevista­s, investigaç­ões que nós venhamos a fazer em Angola, se estiverem já traduzidas para inglês do que se não estiverem, essa é uma das linhas de actuação que este conselho de administra­ção da Lusa definiu e que esperamos venha a ter sucesso”, acrescento­u.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola