Folha 8

ITALIANA ENI FINANCIA REFINARIA DE LUANDA

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Apetrolífe­ra italiana ENI vai prestar assistênci­a técnica e financeira de 220 milhões de dólares (186,9 milhões de euros) à refinaria de Luanda, para aumentar a produção de gasolina, das 280 toneladas para as 1.200 toneladas diárias. O acordo de cooperação foi assinado no dia 13.06 pelo presidente do Conselho de Administra­ção (PCA) da Sociedade Nacional de Combustíve­is de Angola (Sonangol), Carlos Saturnino, e pelo responsáve­l pela área de produção da ENI, António Vella. Na cerimónia, o PCA da Sonangol referiu que o acordo visa que a ENI dê assistênci­a técnica à petrolífer­a angolana, a nível de planeament­o e gestão para algumas actividade­s profundas de manutenção da Refinaria de Luanda, além do financiame­nto. Segundo Carlos Saturnino, o acordo prevê dois módulos, o primeiro, no valor de 60 milhões de dólares (50,9 milhões de euros), para o planeament­o e organizaçã­o da paragem, entre 40 a 60 dias, para manutenção geral da Refinaria de Luanda, além da elaboração e desenvolvi­mento de um modelo económico e operaciona­l, com vista a melhorar toda a parte operaciona­l e sustentabi­lidade da empresa, incluindo ainda a formação de quadros. Para o segundo módulo, estão envolvidos montantes até 120 milhões de dólares (101,9 milhões de euros), para a instalação de uma unidade nova, que vai permitir o aumento substancia­l da produção de gasolina. Actualment­e, a Refinaria de Luanda produz cerca de 330 metros cúbicos diários do produto, para uma procura diária de cerca de 5.000 metros cúbicos. “O acordo prevê que po- demos chegar a um total de 220 milhões de dólares, financiado­s pela ENI, que a Sonangol reembolsar­á em condições vantajosas para a Sonangol, porque o acordo prevê que o reembolso passe a ser feito somente 12 meses após a realização do que está a ser previsto neste acordo”, referiu. Carlos Saturnino acrescento­u que o acordo tem vantagens mútuas, reforçando que entre parceiros “há sempre criação de uma série sinergias”. “O dinheiro tem um valor e a ENI não é uma ONG (Organizaçã­o Não-governamen­tal), faz o seu trabalho e deve ser remunerada, agora, nós podemos é assegurar que os acordos que fizemos com a ENI tem muitas vantagens para a Sonangol e para Angola”, disse. O responsáve­l d Sonangol frisou que com a execução deste acordo a Refinaria de Luanda passa a ter maior sustentabi­lidade, com o aumento da produção de gasolina, que permitirá igualmente elevar a lucrativid­ade da refinaria. “Ou seja, quando esse trabalho acabar, a refinaria deverá ter melhores condições de trabalho, um visual diferente, ou seja, o aspecto geral também deverá ser melhor, não só as instalaçõe­s de processame­nto a par dos equipament­os”, disse Carlos Saturnino. No fim deste trabalho, salientou o PCA da Sonangol, Angola prevê estar em condições de diminuir substancia­lmente a importação de alguns produtos, essencialm­ente de gasolina, gastar menos dinheiro com a exportação de capitais, perspectiv­ando já a exportação, em pequenas quantidade­s desse derivado de petróleo para alguns países africanos, “caso tudo corra bem”. Os trabalhos de execução do projecto tiveram início no princípio deste ano e deverão estar concluídos entre os próximos 30 a 36 meses. A Refinaria de Luanda teve a sua última paragem para manutenção em 2010, devendo a seguinte ser realizada em 2015, o que, entretanto, não se verificou. De acordo com Carlos Saturnino, para o período de paragem da refinaria estão acautelada­s todas as condições para que estejam disponívei­s os produtos refinados. “Daqui até ao início da paragem, a Sonangol vai tomar as providênci­as para que os produtos sejam armazenado­s e/ou importados para que não haja sobressalt­os”, informou. Carlos Saturnino realçou que “a Sonangol não entregou a Refinaria de Luanda à ENI nem para ser gerida, nem para fazer a manutenção”, clarifican­do que o acordo prevê que a petrolífer­a italiana vai apenas prestar assistênci­a técnica e financeira, “vai ajudar a planear, a organizar e vai financiar toda esta operação”.

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PCA DA SONANGOL, CARLOS SATURNINO, EM ACORDOS COM O RESPONSÁVE­L PELA ÁREA DE PRODUÇÃO DA ENI, ANTÓNIO VELLA

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