“O ATÍPICO MODO ANGOLANO DE TOMAR O PODER I”
SAqueles que se lembram dos Anos 1930 ainda hoje perguntam: “Como é que que a Alemanha pôde cair nessa loucura bárbara, matar 6 milhões de judeus só porque são judeus”? Ora o ritmo da história mostra de forma clara como as opiniões podem derivar do e para o irracional, razões como, empobrecimento ou sentimento profundo da sua ameaça, ou desmantelamento e incapacidade de encarar o futuro dentro da sua própria família, impossibilidade de o fazer com serenidade e originar um estado de abandono, etc, etc … Em Angola estamos muito perto disso. A História ensina e o homem esquece. Por isso é que se vão repetindo os erros cometidos no passado e as situações que outrora jurávamos que nunca mais se repetiriam e, de facto, repetem-se. A verdade é que os regimes autoritários podem surgir gradualmente, sem violência. Para enfraquecer o sufrágio universal existem muitas soluções. Pode-se usar o Estado para intimidar os adversários, pode-se impedir de votar, usar a violência. Pode-se organizar fraude eleitoral em várias escalas. “A propaganda exacerbada e a manipulação das opiniões são os principais trunfos eleitorais, e aqui nos referirmos ao que se tem passado desde há mais de 40 anos. Pelo quer se passou em todas as eleições realizadas em Angola e, ao visto do que a passou nesta Campanha pré-eleitoral nada nos diz que as Eleições foram justas. Muito mais de um ano antes das eleição de Agosto passado, o Executivo colocou artistas de renome, desportistas e intelectuais corruptíveis em posição de realce, sem olhar aos princípios do Estado de Direito, lançando a Justiça às ortigas. Ao mesmo tempo, continuou a galvanizar o bom povo de Angola. O MPLA tinha tudo na mão, Imprensa, Transportes, Dinheiro, corredores de influência, gestão de meios corruptos, Polícia e Exército, tudo, inteiramente do seu lado.