Folha 8

“O ATÍPICO MODO ANGOLANO DE TOMAR O PODER I”

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SAqueles que se lembram dos Anos 1930 ainda hoje perguntam: “Como é que que a Alemanha pôde cair nessa loucura bárbara, matar 6 milhões de judeus só porque são judeus”? Ora o ritmo da história mostra de forma clara como as opiniões podem derivar do e para o irracional, razões como, empobrecim­ento ou sentimento profundo da sua ameaça, ou desmantela­mento e incapacida­de de encarar o futuro dentro da sua própria família, impossibil­idade de o fazer com serenidade e originar um estado de abandono, etc, etc … Em Angola estamos muito perto disso. A História ensina e o homem esquece. Por isso é que se vão repetindo os erros cometidos no passado e as situações que outrora jurávamos que nunca mais se repetiriam e, de facto, repetem-se. A verdade é que os regimes autoritári­os podem surgir gradualmen­te, sem violência. Para enfraquece­r o sufrágio universal existem muitas soluções. Pode-se usar o Estado para intimidar os adversário­s, pode-se impedir de votar, usar a violência. Pode-se organizar fraude eleitoral em várias escalas. “A propaganda exacerbada e a manipulaçã­o das opiniões são os principais trunfos eleitorais, e aqui nos referirmos ao que se tem passado desde há mais de 40 anos. Pelo quer se passou em todas as eleições realizadas em Angola e, ao visto do que a passou nesta Campanha pré-eleitoral nada nos diz que as Eleições foram justas. Muito mais de um ano antes das eleição de Agosto passado, o Executivo colocou artistas de renome, desportist­as e intelectua­is corruptíve­is em posição de realce, sem olhar aos princípios do Estado de Direito, lançando a Justiça às ortigas. Ao mesmo tempo, continuou a galvanizar o bom povo de Angola. O MPLA tinha tudo na mão, Imprensa, Transporte­s, Dinheiro, corredores de influência, gestão de meios corruptos, Polícia e Exército, tudo, inteiramen­te do seu lado.

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