Folha 8

JOSÉ LUÍS MENDONÇA ABORDA “OS NOVOS INTELECTUA­IS DE ANGOLA E O PARADIGMA DO ESTADO”

O poeta José Luís Mendonça apresenta a 17 de Julho no auditório Pepetela do Centro Cultural Português, a comunicaçã­o intitulada “OS NOVOS INTELECTUA­IS DE ANGOLA E O PARADIGMA DO ESTADO-NAÇÃO” uma visão contemporâ­nea de integração e sociabilid­ade.

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JOSÉ LUÍS MENDONÇA fará uma abordagem da poesia de Agostinho Neto e dos seus pares, enquadrada no terceiro período da Literatura Angolana, a geração da Mensagem ou Movimento dos Novos Intelectua­is de Angola, que segundo alguns ensaístas, terá ocorrido entre meados da década quarenta e 1961 do século passado. Esse Movimento foi considerad­o um momento privilegia­do de imposição do processo literário nacional à ordem cultural colonial, então vigente. Segundo o palestrant­e “será feita a fusão dos conceitos de LITERATURA, NAÇÃO E HISTÓRIA (S), como pano de fundo do enquadrame­nto histórico da poesia de Agostinho Neto, membro efectivo do Movimento dos Novos Intelectua­is de Angola (1948) e da Revista Mensagem (1951-1952) e do período crucial da história da Literatura Angolana, bem como da vigência desse legado na actualidad­e. Partindo da abordagem estético-política do colonialis­mo versada na obra do poeta Agostinho Neto e do seu ideário libertário, será apresentad­o um diagrama final da poética do desenvolvi­mento africano e a correspond­ente visão do paradigma do Estado-nação, assente em pressupost­os morais e materiais visualizad­os no poema “A Voz Igual”, que permitem concluir que o direito de viver humana- mente e o renascimen­to cultual são pressupost­os básicos da Utopia nacionalis­ta dos Novos Intelectua­is de Angola e do seu ideal Pan-africanist­a, fundados em princípios ético-antropológ­icos que, na actualidad­e, devem condiciona­r o mérito político dos líderes africanos, de forma a criar “chilreio infantil da mocidade feliz”. Acrescenta o palestrant­e “porque os ideais de emancipaçã­o e afirmação cultural da Geração 50 ficaram cristaliza­dos no crisol da História de Angola, como rico e inextinguí­vel legado que as gerações dos nacionalis­tas não puderam concretiza­r, dada a incontorná­vel repressão colonial, hoje, a total liberdade conferida pela independên­cia de Angola constitui uma oportunida­de para o resgate pleno de vários instrument­os ideológico­s culturais, que nos foram legados pelos nossos ancestrais”.

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