COM O MPLA ERRADICAR A CORRUPÇÃO É UTOPIA I
João Lourenço foi nomeado ministro da Defesa em 2014 e hoje é o novo presidente da República de Angola a favor do resultado de uma eleição eivada de múltiplas infracções caracterizadas por repetidas violações da lei, E a esse propósito tenho o prazer de publicar a seguir uma conversa publicada cerca de 6 meses mais tarde pelo nosso colega António Setas no seu post do Facebook. Por que razão? Pela pertinência e harmonia perfeita dessa conversa com o que se está a passar nos dias de hoje em que se constata a olho nu que o povo de Angola foi desprezado, ao ponto depois de um acto eleitoral em que nem sequer se contaram os vos em 15 das 18 províncias de Angola o partido MPLA vangloria-se de uma vitória gloriosa. «(…) Mas será que temos mesmo de aceitar tal procedimento por ele estar no seguimento da História da humanidade, em que a fatalidade é haver Senhores e escravos? Creio que não, na medida em que o combate a esse tipo de conjuntura secular, embora pareça que só pode ser levado avante pela violência, à galheta, o que é certo é que isso é exactamente o que os poderes instituídos (no mundo inteiro) melhor sabem combater. A única força politica do nosso país que se bateu para encontrar outras e muito mais eficazes estratégias de combate ao poder - sobretudo quando este é, como em Angola, tão democrático como a liderança do macho dominante duma alcateia de lobos -, foram os “revús”, propondo a não-violência, a resistência passiva e a denúncia das contradições, às vezes ridículas, que lentamente destroem qualquer regime. Este plano do nosso pseudo-governo é, se aprofundarmos a análise, um verdadeiro incentivo, um potente estimulante da nossa tradicional corrupção» (Domingos da Cruz)