EX-GOVERNADORES ACUSADOS DE “GATUNOS” REAGEM E ATACAM FALCÃO E JOÃO LOURENÇO
“Ele vai ter de provar o que afirmou e esclarecer melhor, quem foram os governantes e dirigentes do MPLA que enriqueceram ilegalmente, com o negócio do lixo”, disse ao Folha 8, o economista Matias José, membro das estruturas dirigentes do partido no poder e conotado, como um dos acompanhantes da província de Benguela, logo conhecedor deste burilado processo, que fora das entrelinhas, atinge o general do Exército, na reserva e deputado à Assembleia Nacional, Armando da Cruz Neto e o engenheiro Isaac dos Anjos, actual secretário da Presidência da República. Esta reacção contundente é mais uma clara demonstração da guerra, no saco de gatos raivosos, que é o MPLA, onde todos se arranham para se manter no poder, não se importando com a manutenção e defesa da ideologia e linhas programáticas do próprio partido no poder. “Quem pensa o senhor Rui Falcão que é? Um poço de verdade, moralidade e fidelidade ao partido? Não! Ele é um militante dissimulado, que subiu com base na intriga e na confiança do presidente do partido, José Eduardo dos Santos e que, hoje, cospe no prato em que comeu, para que João Lourenço, o mantenha no poder. A sua ambição é estar no palácio, mas tal como traiu José Eduardo dos Santos, ele vai também trair João Lourenço”, assegurou Matias José. Sem que tivéssemos a possibilidade de o travar, foi continuando com o volume de questionamentos, que, seguramente, o F8 é incompetente, para responder. “Onde andava este menino (Rui Falcão), para todas as vezes chamar os outros de desonestos e maus gestores, quando lutávamos pela independência e para a consolidação da paz? Seguramente na OPVDCA (Organização Provincial de Voluntários e Defesa Civil de Angola -ligada a PIDE-DGS), organização de defesa do fascismo português e, depois infiltrado nos escuteiros da Igreja Católica, apenas como uma capa”, explicou, acrescentando, “mas ele é um farsante, dissimulado, sem moral, para atirar pedras no telhado dos outros, pois se a tivesse, não violaria e engravidava uma menor na província do Namibe. Quando descoberto, veja-se a imoralidade de alguém que chegou a chefe de escuteiros, forçou um aborto e, como não conseguiu, tentou negociar, para comprar o silêncio da mesma. Ora aqui está alguém, muito preocupado em fazer denúncias falsas e sem provas, mas atirar para debaixo do tapete a sua própria sujeira”. A reacção é bastante contundente e os mesmos (Armando da Cruz Neto e Isaac dos Anjos), prometem não deixar que mais “esta palhaçada populista continue a vingar, uma vez visar apenas manchar as imagens dos outros, mesmo que não tendo provas, para serem condenadas em praça pública”.