MAU ESTAR NO SEIO DAS FORÇAS ARMADAS
A contundência da denúncia do governador Rui Falcão, a ser verdadeira, deve espoletar a abertura de um processo de instrução do Ministério Público, com base na notícia. “O general Armando da Cruz Neto não tem medo, não posso falar o mesmo do camarada Isaac dos Anjos, mas não acredito que alguém de bom senso não se indigne. Nós estamos indignados e, estranhamos que o presidente João Lourenço seja conivente com o seu silêncio, quando estão em cheque pessoas que dirigiram tropas e ainda têm influência no seio das Forças Armadas e, um, é seu assessor. Quem ganha com esta situação de permanente mau estar no seio do MPLA e das FAA?” Mais uma vez, por incompetência, de nossa parte, a culpa vai morrer solteira, mas nunca antes, ouvimos tanta frontalidade, na res- posta às denúncias de Rui Falcão. “Se ninguém colocar um travão nesta situação, muitas das conquistas poderão desmoronar. Querem, por exemplo, com base em novos decretos, entregar o país aos estrangeiros e, desta forma, depois do colonialismo geral de 500 anos, teremos o (colonialismo) económico, que poderá eternizar a escravidão dos autóctones angolanos. Isso é muito grave, pois vão com base nesta divisão e intrigas internas, no partido, entregar Angola ao FMI (Fundo Monetário Internacional), que será mais uma cobaia, para nos empobrecer mais, com desemprego, aumento de impostos e alto custo de vida”. O político, que também é oficial na reserva diz estar preocupado, com “esta estratégia, que não é isolada, faz parte de um pacote maior, que visa estrangular e descredi- bilizar a maioria dos dirigentes antigos e aqueles novos que têm o MPLA, não como uma força política do mal, mas preocupada com a maioria dos angolanos”. Na sua opinião, a partir de Setembro, “as pessoas vão conhecer, verdadeiramente, João Lourenço quando ele consumar o sonho de ser o novo monarca de Angola, concentrando o poder absoluto. Se agora já se mostra intolerante e não aceita discussões, amanhã com o controlo do MPLA vai ouvir alguém? Não acredito, será o senhor absoluto, por esta razão os seus lugares-tenentes estão a achincalhar pessoas que lhes metam medo, tanto militares, como generais e até políticos, que muito contribuíram para a conquista da paz e a manutenção da soberania”.
Se ninguém colocar um travão nesta situação, muitas das conquistas poderão desmoronar. Querem, por exemplo, com base em novos decretos, entregar o país aos estrangeiros e, desta forma, depois do colonialismo geral de 500 anos, teremos o (colonialismo) económico, que poderá eternizar a escravidão dos autóctones angolanos