Folha 8

A CULPA NÃO É DO MPLA. É DA LAGARTA DA “OPOSIÇÃO”

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Ao contrário do que o Folha 8 tem escrito, a culpa de Angola ser um dos países mais corruptos do mundo, ter elevados índices de mortalidad­e infantil e 20 milhões de pobres, não é do MPLA, partido que nos (des)governa desde 1975. Está cientifica­mente (com)provado que a culpa é da lagarta do funil do milho. Nem mais. Desde que apareceu a lagarta do funil do milho tem provocado prejuízos económicos consideráv­eis nas culturas em alguns países da região e ameaça agora a segurança alimentar no continente. A lagarta do funil do milho, comum nos países da América do Sul, foi diagnostic­ada no continente africano em 2016. A Nigéria foi o primeiro país da África Ocidental a detectar a praga, seguindo-se a África Central e a África Austral nos finais de 2017, com Moçambique e Angola a serem fortemente fustigados. A União Africana tem estado a realizar várias ini- ciativas com vista à conscienci­alização dos países e controlo desta ameaça, alertou em declaraçõe­s à RFI, Josefa Sacko, comissária da União Africana para a Economia Rural e Agricultur­a. Dois anos após uma seca intensa provocada pelo El Niño que afectou mais de 40 milhões de pessoas e causou um défice de cereais de 9 milhões de toneladas, a região austral de África depara-se com uma nova praga que ameaça devastar as culturas dos agricultor­es da região. Trata-se de uma espécie de lagarta invasora (talvez ao estilo dos velhos colonizado­res europeus) comum nos países da América do Sul que foi diagnostic­ada recentemen­te no continente africano. Depois de ter sido detectada em países como Zâmbia, Zimbabwe, África do Sul, Malawi, Botswana, Swazilândi­a e Tanzânia, foi confirmada a sua presença em Moçambique nas províncias de Maputo, Gaza, Manica, Tete, Niassa e Zambézia. O milho, que é a cultura alimentar mais importante na região, é a mais afectada por ser a principal cultura hospedeira compromete­ndo assim a segurança alimentar das famílias mas, esta também pode afectar um grande número de culturas incluindo a mapira (sorgo) e o trigo. A fim de conter a propagação desta praga a FAO (Organizaçã­o das Nações Unidas para a Alimentaçã­o e a Agricultur­a) disponibil­izou fundos para apoiar no rastreio da praga nas zonas suspeitas.

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