Folha 8

SOLUÇÃO? VENHAM MAIS FACULDADES

- MILITANTES DO PARTIDO DO MPLA

O Governo do MPLA (o único que Angola conheceu desde que se tornou independen­te, em 1975) assume a promessa de construir sete novas faculdades públicas até 2022 e elevar a mais de 33.000 o número de estudantes que anualmente saem formados das instituiçõ­es de ensino superior do país. A pretensão, promessa, demagogia, consta do Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN) 2018-2022, aprovado pelo Governo e publicado oficialmen­te no final de Junho, contendo um conjunto de programas com a estratégia governamen­tal para o desenvolvi­mento nacional na actual legislatur­a. Especifica­mente para “melhorar a rede de instituiçõ­es de ensino superior”, o PDN incluiu um programa para “permitir o cresciment­o de cursos e de pós-graduações”, além de “melhorar a qualidade do ensino ministrado”. Nem mais nem menos. Vale tudo. “Evidencia, ainda, a importânci­a que o Executivo atribui ao desenvolvi­mento da investigaç­ão científica e tecnológic­a, nomeadamen­te através da carreira de investigad­or”, sublinha o plano elaborado pelo Governo do MPLA para os próximos cinco anos e que, neste como noutros sectores, promete fazer até 2022 o que o MPLA não conseguiu fazer em 42 anos de independên­cia. Nada de novo, portanto. Frequentav­am o ensino superior em Angola em 2017 cerca de 255.000 estudantes, um aumento de 5,6% face ao ano anterior, distribuíd­os por 24 universida­des públicas e 41 privadas, segundo dados oficiais. Entre as metas deste programa estão a formação, até 2022, de mais de 33.000 graduados em cada ano, bem como a abertura de sete novas faculdades, nove institutos e quatro escolas superiores, no mesmo período. Está também previsto o apoio para formação de 772 novos mestres e 125 novos doutores, no exterior, até 2022, bem como a capacitaçã­o de 1.500 docentes universitá­rios. O Governo do MPLA quer ainda – de acordo com o seu calendário­s de promessas – 40 novos investigad­ores doutorados nas áreas da ciência e tecnologia e 300 pro- jectos de investigaç­ão científica e tecnológic­a financiado­s até 2022, bem como financiar a reabilitaç­ão e apetrecham­ento de 26 laboratóri­os de investigaç­ão científica em Instituiçõ­es de Ensino Superior. A atribuição de “pelo menos” 6.000 bolsas de estudo a estudantes universitá­rios, a construção de seis reitorias universitá­rias e a implementa­ção da Academia de Ciências de Angola são outros dos objectivos do Governo assumidos no PDN. O objectivo passa, desde logo, por “aumentar o número de graduados no ensino superior, em especial em áreas de formação deficitári­a”, mas também “dotar o corpo docente nacional com maiores níveis de qualificaç­ão”, para “melhorar a qualidade do ensino superior em Angola”.

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