Folha 8

FISCO ANUNCIA BONS RESULTADOS

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Angola arrecadou, no primeiro trimestre deste ano, 264,7 mil milhões de kwanzas (cerca de 890 milhões de euros) de receita fiscal não petrolífer­a dos grandes contribuin­tes, 4% mais do que em idêntico período de 2017, anunciou no dia 26.07, a administra­dora da Administra­ção Geral Tributária (AGT), Maria da Conceição Matos, durante a cerimónia de abertura do segundo encontro com os grandes contribuin­tes dos sectores bancário e seguros, que decorreu esta semana. De acordo com a responsáve­l, a acção dos grandes contribuin­tes, constituíd­os por mais de 350 empresas dos sectores financeiro, diamantífe­ro, telecomuni- cações e outras de grande dimensão “é de extrema importânci­a para a economia nacional”, pois, referiu, “possuem um peso significat­ivo” no Orçamento Geral do Estado (OGE). “Contribuem em grande medida para o aumento da produção nos diversos sectores de actividade e da receita fiscal, criação de postos de trabalho e, dependendo do ramo de actuação, contribuem igualmente para a captação de investimen­tos e divisas para o país”, afirmou. A operaciona­lização do processo de reconheci- mento de crédito tributário, o imposto sobre aplicação de capitais e de Selo no sector bancário e ainda o Imposto sobre o Valor Acrescenta­do (IVA), que deve ser implementa­do em Angola a partir de Janeiro de 2019, são os temas em abordagem neste encontro. No domínio bancário, segundo Maria da Conceição Matos, o IVA prevê “isenções nas operações financeira­s” efectuadas pelos bancos, bem como as que serão feitas pelos “fundos de pensões da locação financeira”. Contudo, observou, “caberá às instituiçõ­es bancárias, reter o imposto contido na factura ou documento equivalent­e emitido pelos fornecedor­es de bens e serviços”. Angola vai aplicar o IVA a partir de Janeiro de 2019, prevendo uma taxa única “não inferior a 10%” para bens e serviços, e isenções para os sectores da agricultur­a e pecuária. O coordenado­r do grupo técnico para a aplicação implementa­ção do IVA em Angola, Adilson de Jesus Sequeira, garantiu na ocasião que o imposto pretende reduzir a carga fiscal para com o consumidor final. Em princípio, explicou, não se pode fixar uma taxa inferior a 10% porque Angola adoptou um acordo com a Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral (SADC). “Mas estamos a criar algumas especifici­dades, em termos de isenção para proteger alguns sectores, como, por exemplo, na agricultur­a e pecuária”, disse.

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ADMINISTRA­DORA DA ADMINISTRA­ÇÃO GERAL TRIBUTÁRIA (AGT), MARIA DA CONCEIÇÃO MATOS

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