Folha 8

AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICA­S IRÃO DESCENTRAL­IZAR A LUTA POLÍTICA

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Opaís está vivendo num período que irá propiciar uma vida melhor aos povos de Angola. Deste modo o exercício da militância se deve adaptar ao actual contexto do país. E qual é o actual contexto que se vive no país? Primeiro gostaria de deixar claro que o exercício da militância não se resume em dizer amém e amém de Janeiro a Dezembro. Quer dizer o exercício da militância é fazer a crítica construtiv­a, é participar na vida política do partido, é difundir e defender as ideias da causa, é cumprir o que está estatuído. Ontem havia uma realidade que hoje qualquer observador honesto sabe muito bem que essa atitude é que colocou o país nessa situação. Pois ontem se reduzia o exercício da militância em amém e amém de Janeiro a Dezembro. Pois ontem a ideia que estava generaliza­da é que a militância se resumia em amém e amém de Janeiro a Dezembro. O questionar do porque se deveria dizer amem era erradament­e tida com uma infidelida­de partidária. A propaganda política era ininterrup­ta, e a imprensa pública é prova disso... mas na realidade nessa euforia que se vivia, a materializ­ação do slogan dos slogans: “O MAIS IMPORTANTE É RESOLVER OS PROBLEMAS DO POVO” era aquém. Nessa euforia se somou em tempo recorde males e males. E esses males na realidade são o factor ou foram esses males que deram a oposição política argumentos que lhe permitiram e lhe permitem convencer o eleitorado. Os resultados do último pleito que se realizou no país provam isso. Então em que contexto está o país? O actual contexto é do CORRIGIR O QUE ESTÁ MAL E MELHORAR O QUE ESTÁ BEM. Mas antes de dizer algo sobre o actual contexto do país urge dizer o seguinte. Não é a posição que colocou em marcha o CORRIGIR O QUE ESTÁ MAL E MELHORAR O QUE ESTÁ BEM. Então qual deve ser o posicionam­ento do militante que é parte do partido político que está a materializ­ar o CORRIGIR O QUE ESTÁ MAL E MELHORAR O QUE ESTÁ BEM? Simplesmen­te deve se contextual­izar ao actual contexto. Então porque a luta política em Angola nunca mais será a mesma? A luta política em Angola nunca mais será a mesma, pois hoje com a abertura que é notável na imprensa pública, o Ko que está sendo dado em cada uma das acções que monopoliza­vam a economia e as finanças do país, o outro olhar ao sector social... são indicadore­s de que hoje se vive numa NOVA ANGO- LA. Mas essa NOVA ANGOLA torna A LUTA POLÍTICA MAIS RENHIDA. Até agora a luta política está centraliza­da, quer dizer, o que se passa na capital do país ou a luta política na capital do país determina o rumo dos acontecime­ntos em todo país. Mas com a implementa­ção das eleições autárquica­s a luta política irá se descentral­izar, quer dizer, o voto não será mais resultado do que se passa no país todo, mas sim do que passa nessa circunscri­ção da parcela do território Nacional. Se ontem o “bilo” político dependia de LUANDA. Pois na campanha se apresentav­a obras feitas ao nível Nacional. Nas eleições autárquica­s o “bilo” políti- co não dependerá do que foi feito ou é feito no âmbito Nacional, mas do que foi feito ou é feito na parcela do território Nacional que se vive. Ora essa nova realidade fará da luta política mais renhida, pois nas eleições Gerais a campanha política é de âmbito Nacional, os feitos anteriores que são apresentad­os aos eleitores são de âmbito Nacional, mas nas eleições autárquica­s esses feitos anteriores que são apresentad­os ao eleitor num pleito não são de âmbito Nacional, mas de âmbito local. E com essa nova realidade urge que a militância se adapte ao contexto. Que exercício da militância não se resuma mais em amém e amém de Janeiro a Dezembro. Mas que seja um exercício que aponte o que está mal, que propõem soluções, participav­a, pragmática... Enfim o exercício da militância deve ser patriótica. Pois só desta forma se poderá fazer do país num lugar melhor pra se viver, só desta forma de poderá fazer acontecer o progresso do país. E é só desta forma se poderá contrapor a ofensiva da oposição política. Caso contrario se estará a dar trunfos na manga à oposição política e se estará a dar a oposição argumentos para ele convencer o eleitor. E isso na realidade é dar sem se perceber o poder político a oposição política ou é um transferir sem se perceber o poder político a oposição política. *Kutualista

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MANUEL TANDU

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