PETRO BATE A PORTA DA PGR
OPetro de Luanda, através do seu vice-presidente Amaral Aleixo, submeteu, a 22.07.2018, uma denúncia crime sobre os bastidores do futebol nacional à Procuradoria Geral da República (PGR). Segundo a imprensa, a PGR já está a apurar os factos e tão logo termine a fase, vai começar a seguinte com a entrega de notificações aos denunciados prestarem declarações na PGR. “Desde segunda-feira, que vários órgãos nos contactaram, mas queremos que todos percebam o que se está a passar, nós confirmamos que sim, temos o documento do Petro no nosso registo interno de controlo desses processos, mas não podemos dar pormenores que violem o segredo de justiça, que já estamos a apli- car”, disse uma fonte anónima da PGR. Há semana, circulou na média uma denúnciada de conluio entre dirigentes de clubes e do Conselho Central de Árbitros de Futebol de Angola, que supostamente os árbitros falseiam resultados no Girabola Zap. Na carta denúncia, o vice-presidente do Conselho Central de Árbitros da Federação Angolana de Futebol (CCAFAF), Inácio Cândido, é apontado como o líder do alegado esquema de corrupção que devasta a arbitragem nacional, enquanto o presidente do mesmo órgão, Mário Jorge Fernandes, é denunciado por proteger a equipa do Interclube. De acordo com a denúncia, o antigo árbitro assistente internacional, tem a responsabilidade de “fazer o jogo” do bicampeão 1º de Agosto e do Sagrada Esperança, pois é ele quem, alegadamente, recebe o dinheiro dos referidos clubes e distribui aos árbitros, para facilitarem a vida às equipas rubronegro e diamantífera. O comissário de jogo Manuel Maria, também um antigo árbitro internacional, tem a missão de “controlar” e influenciar os árbitros da região Sul do país, bem como “proteger” a equipa do Sagrada Esperança, enquanto Cardoso Costa, vogal do CCAFAF, a sua tarefa é, segundo a denúncia, a de facilitar a vida às equipas do FC Bra- vos do Maquis, Domant FC do Bula Atumba e do Sporting de Cabinda. Os antigos árbitros Fernando Mação e Luís Cazola, ambos comissários de jogo, são apontados como “facilitadores” das equipas do Kabuscorp e do Libolo. Jorge Mário Fernandes, presidente do Conselho Central de Árbitros da FAF, é avançado como sendo o “protector” do Interclube. O denunciante informa que, de acordo com alguns árbitros, a protecção que Jorge Mário Fernandes dá à equipa da Polícia é escandalosa, pois, sempre que o clube joga, liga para dar instruções ao árbitro nomeado para o referido desafio. O denunciante faz igualmente saber, que os estrategas do plano de corrupção, segundo alguns árbitros, tentaram também incluir o Petro de Luanda na “grande jogada”, porém, o elenco de Tomás Faria negou fazer parte do “jogo sujo” e, como forma de retaliação, está a sofrer graves consequências na presente época. Deste modo, Petro de Luanda, 1º de Maio de Benguela, Académica do Lobito, Desportivo da Huíla, Progresso Sambizanga, Recreativo da Caála e Cuando Cubango FC são as equipas que competem no Girabola Zap 2018, que não fazem parte da estratégia de corrupção, de acordo com a carta-denúncia em posse da PGR. Com o Jornal dos Desportos.