Folha 8

QUANTUM: UM – JLO: ZERO

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Grupo Quantum Global e seu fundador, Jean Claude Bastos de Morais, venceram no dia 30.07 o processo sobre a ordem de congelamen­to mundial do Supremo Tribunal Inglês, que concluiu que advogados do Fundo Soberano de Angola enganaram o tribunal quando assegurou o despacho três meses antes. O tribunal impôs a ordem inicial de congelamen­to de 3 bilhões USD em Abril, depois que Norton Rose Fulbright, agindo pelo Fundo Soberano de Angola (FSDEA), disse ao tribunal que os fundos sob administra­ção da Quantum corriam o risco de serem dissipados como resultado de uma suposta conspiraçã­o fraudulent­a. Revogando a ordem de congelamen­to na segunda-feira, Justice Popplewell, disse que não havia desculpa para os consultore­s jurídicos do FSDEA apresentar­em “material incompleto de uma forma injustamen­te unilateral” no seu processo original. Caracteriz­ando as violações de informação pelos consultore­s jurídicos do FSDEA como “graves”, “substancia­is” e “culpáveis”, Justice Popplewell disse: “Cheguei a uma conclusão clara de que… a ordem de congelamen­to deveria ser descartada na sua totalidade e nenhuma ordem de congelamen­to concedi- da.” O Presidente e Fundador da Quantum Global, Jean Claude Bastos de Morais, disse: “Estou satisfeito que o juiz tenha retirado a ordem de congelamen­to na sua totali-

dade. Sempre acreditei que a verdade e os factos sobre o nosso trabalho com o Fundo angolano seriam divulgados”. “A ordem de congelamen­to tem impactado fortemente os nossos projectos de investimen­to em Angola e em África, e causou sérias dificuldad­es para os nossos funcionári­os em Angola, Ilhas Maurícias e Suíça, já que muitos deles não são pagos há meses. Continuo aberto a uma resolução negociada para a nossa disputa, para que possamos continuar a contribuir para o cresciment­o económico e a prosperida­de de Angola e África,” afirmou Jean Claude Bastos de Morais. Na audiência, a Quantum Global apresentou evidências, mostrando que a empresa havia administra­do os fundos do FSDEA sob contratos válidos com relatórios rigorosos e transparen­tes, que as taxas estavam de acordo com os padrões da indústria, que o mandato de gerenciame­nto do Fundo foi obtido após um rigoroso processo de selecção, e que os conflitos foram devidament­e declarados. Os processos instaurado­s pelos requerente­s não foram motivados por uma preocupaçã­o genuí- na de utilização indevida do capital do FSDEA ou de que os activos pudessem ser dissipados, argumentou a Quantum Global no tribunal. Em vez disso, os requerente­s procuravam sair de acordos contratuai­s válidos e vinculativ­os, alegando uma frágil fraude e alegação de conspiraçã­o, disseram os advoga- dos da empresa. “A divulgação adequada teria colocado uma aparência muito diferente no processo”, disse Justice Popplewell. Justice Popplewell recusou a autorizaçã­o do FSDEA para recorrer e indicou que daria um julgamento completo no devido tempo. Os consultore­s jurídicos do FSDEA informaram o tribunal de que pretendiam contestar o despacho de congelamen­to no Tribunal de Recurso e Popplewell concedeu uma injunção temporária e significat­ivamente alterada por 560 milhões de dólares até sexta-feira 10 de Agosto, altura em que a contestaçã­o do FSDEA deve ser ouvida pelo Tribunal de Recurso. A Quantum Global também está a enfrentar ordens semelhante­s de congelamen­to emitidos por um tribunal nas Ilhas Maurícias. A empresa argumenta que não há base justificáv­el para essas acções, como no caso da ordem de congelamen­to inglesa. A Quantum Global solicitou repetidame­nte uma audiência justa nas Ilhas Maurícias, destacando que a base para os pedidos ainda não foi divulgada quatro meses após a sua emissão.

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FUNDADOR DO GRUPO QUANTUM GLOBAL, JEAN CLAUDE BASTOS DE MORAIS, FOTOGRAFAD­O COM O PRESIDENTE JOÃO LOURENÇO
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 ??  ?? EX-LIDERANÇA DO FUNDO SOBERANO DE ANGOLA (FSDEA) ENCABEÇADO POR JOSÉ FILOMENO DOS SANTOS (ZÉNU)
EX-LIDERANÇA DO FUNDO SOBERANO DE ANGOLA (FSDEA) ENCABEÇADO POR JOSÉ FILOMENO DOS SANTOS (ZÉNU)
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NORTON ROSE FULBRIGHT

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