Folha 8

BURLA BILIONÁRIA INVISÍVEL

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Odia 22 de Abril de 2017, o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz, inaugurou em Luanda a sede do Natrabank, o primeiro banco de recursos naturais de África, instituiçã­o implantada no Condomínio Jardim de Rosas, no bairro da Camama, gerido por um Conselho de Administra­ção encabeçado pela senhora Celeste de Brito. A actuação do Natrabank fora planeada para implementa­r um sistema de troca de produtos manufactur­ados no estrangeir­o em contrapart­ida de recursos naturais angolanos, bem como a venda destes meios autóctones nos mercados mundiais, com vista à obtenção de fundos monetários para financiar o desenvolvi­mento dos países envolvidos. Tal como referiu o nosso ministro da Energia e dos Petróleos, que a actividade do Natrabank teria refle- xos muito fortes na actividade mineira e o nosso país estava interessad­o em acompanhar o seu desenvolvi­mento. O governante ressaltou que Angola estava a pre- cisar de um instrument­o de natureza financeira que apoie a iniciativa privada, para desenvolve­r o investimen­to mineiro. Sem delongas foi o que aconteceu, só que, os pro- dutos “manufactur­ados” vindos do estrangeir­o seriam notas de dólar, 50 biliões!, e, quanto aos nossos meios naturais, podiam esperar não era preciso, bastava pagar 500 milhões para aceder a esse monstruoso financiame­nto, chamemos-lhe assim. Quanto aos lucros, propinas e dividendos dos planos de investimen­to, em princípio destinados aos países envolvidos, esses iriam em linha recta, não para ditos os países, mas para o bolso dos referidos tailandese­s e meia dúzia de cidadãos angolanos envolvidos até aos ossos numa monstruosa burla, mas inocentado­s, ou quase, excepto a PCA Celeste Brito, PCA do NatraBank e um oficial da PNA, chamado Christian Lemos e pouco mais.

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EX-MINISTRO DA GEOLOGIA E MINAS, FRANCISCO QUEIROZ

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