Folha 8

DE MÃO (SEMPRE) ESTENDIDA

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OGoverno angolano está a negociar uma nova linha de crédito com o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) de 11.700 milhões de dólares (10.180 milhões de euros) para projectos de infra-estruturas, indicou esta semana fonte oficial. Segundo o Fórum de Cooperação China-áfrica (FOFAC), que cita o sítio de notícias Clbrief (Breves sobre a China e a Lusofonia), Luanda está ainda a negociar os termos para um empréstimo de 1.282 milhões de dólares (1.115 milhões de euros) para pagar até 85% do valor do contrato para a concepção, construção e acabamento do novo aeroporto internacio­nal da capital de Angola. A ideia é que as negociaçõe­s terminem antes da realização da próxima cimeira China-áfrica, que decorrerá em Pequim em 3 e 4 de Setembro, e em que estará presente o chefe de Estado angolano, João Lourenço. O aeroporto está a ser construído a 30 quilóme- tros de Luanda por várias empresas chinesas, sendo o principal empreiteir­o o Fundo Internacio­nal da China (CIF). Através do banco estatal chinês, que apoia a importação e exportação do país (Exim Bank), Angola está também a negociar empréstimo­s de 690 milhões de dólares (600 milhões de euros) para a construção da marginal da Corimba (Luanda). Em negociaçõe­s estão também os empréstimo­s de 760.4 milhões de dólares (661 milhões de euros) para o sistema de transporte de energia eléctrica do Luachimo, e de 1,1 mil milhões de dólares (956 milhões de euros) para a construção de uma academia naval em Kalunga, Porto Amboim (Cuanza-sul). Segundo o Clbrief, a recente emissão de “eurobonds”, no valor de 3.000 milhões de dólares (2.608 milhões de euros) pelo Estado angolano, indica que a China é a fonte principal de “diversas facilidade­s de novos créditos” que as autoridade­s já estão a negociar. Entre 2003 e 2017, dados do Governo angolano indicam que a dívida à China (dívida bilateral e com bancos comerciais chineses) passou de 4,7 mil milhões a 21,5 mil milhões de dólares (de 4.100 milhões para 18.700 milhões de euros). O Clbrief adiantou, por outro lado, que as autoridade­s chinesas estão expectante­s com a cimeira do FOFAC, que deve contar com a presença dos principais chefes de Estado do continente africano, entre eles João Lourenço. A última Cimeira do FOFAC decorreu em 2015, em Joanesburg­o (África do Sul), e culminou com a disponibil­ização de uma ajuda ao continente africano de cerca de 60.000 milhões de euros.

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PRESIDENTE JOÃO LOIURENÇO RECEBENDO O EMBAIXADOR DA CHINA EM ANGOLA
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